O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está na reunião da coordenação de governo, que deve debater a Operação Navalha, da Polícia Federal, e a situação do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Embora não integre o grupo da coordenação, não está descartada a possibilidade de o ministro ser chamado para a reunião, mas até este momento ele não chegou ao Palácio do Planalto. Silas Rondeau também pode ser recebido por Lula numa audiência extra-agenda nesta terça-feira.

Além de Lula, participam da reunião de coordenação o vice-presidente José Alencar e os ministros Tarso Genro, da Justiça, Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, Dilma Rousseff, da Casa Civil, Walfrido Mares Guia, das Relações Institucionais, Paulo Bernardo, do Planejamento, e Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação.

O único integrante da coordenação que está ausente na reunião é o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que está viajando. O chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, também participa da reunião.

Conforme gravações telefônicas e filmagens feitas pela Polícia Federal, Rondeau foi indicado como suspeito de receber R$ 100 mil da empresa Gautama, de propriedade de Zuleido Soares Veras. No domingo, surgiram imagens da PF mostrando a assessora da Gautama, Maria de Fátima, entrando no Ministério com um envelope contendo, supostamente, R$ 100 mil.

O montante foi entregue ao assessor especial do Ministério, Ivo Almeida Costa, que cruzou uma porta atrás da qual estaria o gabinete do ministro. Saiu pouco depois, já sem o envelope.

Caso a saída de Rondeau seja efetivada, o mais cotado para assumir interinamente a pasta é Nelson Pereira Hubner, atual secretário-executivo. Ele era chefe de gabinete de Dilma, quando esta era ministra de Minas e Energia.