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 | 21/05/2007 19h26min

Ministério de Minas e Energia diz que Rondeau não renunciará

Ministro é investigado pela Operação Navalha da Polícia Federal

O Ministério de Minas e Energia divulgou nesta segunda-feira nota, por meio de sua assessoria, garantindo que o ministro Silas Rondeau não pretende renunciar do cargo. Rondeau é suspeito de envolvimento com o esquema que fraudava licitações públicas.

Além de sua própria pasta, o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também aplacaram o “prejulgamento” (nas palavras de Rondeau) levantado pelas suspeitas. O vice-presidente José Alencar disse que qualquer decisão sobre o afastamento do ministro cabe a Lula e que as denúncias divulgadas contra o ministro não bastam para condená-lo.

Conforme Tarso, não há nenhuma prova física que confirma as suspeitas. No entanto, ele confirma que houve a entrega deste valor por parte de um funcionário da Gautama ao Ministério de Minas e Energia.

– Não vou fazer nenhuma manifestação porque não tenho nenhuma convicção a respeito da responsabilidade criminal do ministro Silas. Vamos aguardar um pouco. Vamos deixar o ministro Silas falar – disse Tarso.

O presidente do Senado também defendeu o ministro Rondeau com uma linha similar de argumentação:

– Não há nada que comprove o envolvimento do ministro.

Rondeau reagiu às acusações dizendo que tem uma biografia a zelar, que esta "acima de cargo, acima de tudo" e que cabe à Justiça investigar o seu suposto envolvimento no recebimento de propinas, mostrado no relatório da Polícia Federal sobre a Operação Navalha.

– Isso é muito ruim. Causa uma indignação. Esse prejulgamento é uma coisa horrível. Eu não posso aceitar isso – disse o ministro.

O ministro encontrou-se nesta segunda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se defender das acusações. A reunião se deu no hotel onde o presidente está hospedado, em Assunção, no Paraguai, já que Rondeau integra a comitiva do presidente na viagem.

Segundo o site G1, Lula assistiu ao vídeo divulgado pela Polícia Federal, na noite de domingo, em que mostra um assessor do ministro recebendo um envelope da secretária da empresa Gautama, responsável pelo esquema.

De acordo com as investigações da Operação Navalha da Polícia Federal, Rondeau teria recebido R$ 100 mil da construtora Gautama, empresa suspeita de ser a principal beneficiada pelo esquema. Rondeau nega as denúncias.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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