Se depender dos ânimos da oposição na Assembléia Legislativa, o governador Esperidião Amin (PPB), não vai se licenciar do cargo para se dedicar integralmente à campanha, neste segundo turno.

Nessa quarta, dia 9, depois de uma tentativa frustrada de aprovar a matéria, o líder do governo, deputado Joares Ponticelli (PPB), criticou o PMDB, que liderou a saída da oposição.

– Estávamos em 19 e havia 7 deputados de oposição. Mas precisávamos de 21, portanto, com a saída deles não houve quorum –, disse Ponticelli, que afirmou ter se surpreendido com a decisão do PMDB – Eles pediram durante todo o primeiro turno para que o governador se licenciasse do cargo e agora eles tomam essa atitude incoerente.

O deputado Herneus de Nadal (PMDB) disse que não cabe à oposição trabalhar pelo quorum para votação de matérias de interesse do governo do Estado. Segundo ele, o governo tem número suficiente de deputados na AL e não precisa da oposição para aprovar suas matérias. Luiz Henrique da Silveira (PMDB) disse que Amin tomou a atitude ética, mas tardiamente.

– O governador teve seis meses para se licenciar do cargo e não o fez –, reforçou Nadau.

Segundo Ponticelli, o governador continuará com as duas funções, sem prejuízo para a campanha. Nesta quinta, 10 de outubro, pela manhã, haverá nova tentativa de a bancada governista aprovar a matéria.

Amin disse na quarta que a atitude do PMDB de se retirar para não dar quorum se auto-explica e confirma uma “velha tradição de incoerência”, já que o PMDB cobrava o afastamento.

– É mais um discurso postiço, para enganar o povo, isso mostra o quanto o povo não deve confiar neles.

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MÔNICA SANTHYANNA / DIÁRIO CATARINENSE