| 26/03/2007 18h36min
Os partidos de oposição ao governo federal decidiram parar de obstruir as votações da Câmara dos Deputados. O protesto era contra o arquivamento do pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, feito por Vanderlei Macris (PSDB-SP). Depois de duas semanas, sem votar nenhuma matéria, a pauta da Câmara está trancada por 12 medidas provisórias, que têm prioridade de votação.
– Nós vamos votar as matérias de interesse da população. Se houver algum fato novo, nós vamos nos reunir para deliberar – afirmou nesta segunda-feira o líder da oposição Julio Redecker (PSDB-RS).
O pedido de criação da CPI foi contestado pelo líder do PT, deputado Luiz Sérgio (RJ). Ele alegou falta de fato determinado para a comissão investigar. O recurso foi encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde recebeu parecer favorável do deputado Colbert Martins (PMDB-BA). O parecer foi aprovado em plenário, arquivando o pedido da CPI.
A oposição recorreu do arquivamento no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que a CPI seja aprovada. O ministro do Supremo Celso Mello pediu, antes de tomar uma decisão, mais informações sobre o caso ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ele tem prazo até quinta-feira para entregar os documentos.
– Esperamos que o presidente remeta as informações sobre a criação da CPI ao Supremo, mas não vamos condicionar isso ao destravamento da Casa – afirma Redecker.
A primeira sessão para votação em quinze dias teve de ser adiada. Muitos parlamentares estavam ligando para a Secretaria Geral da Mesa alegando que não conseguem embarcar para Brasília. Por isso, Chinaglia adiou a sessão de votação das 16h para as 18h30min.
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