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 | 16/03/2007 07h00min

Últimos nós da reforma ministerial são Tarso e Furlan

Presidente quer nome com respeito do empresariado para assumir Desenvolvimento

Os últimos nós da reforma ministerial são a substituição do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, e do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Para o lugar do Tarso, o mais cotado é o atual ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, mas esse movimento desagrada ao PT, que trabalha pela indicação do deputado gaúcho Henrique Fontana ou do senador Jorge Viana para a vaga.

O caso de Furlan é pior. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva procura algum nome com perfil semelhante ao dele: ampla experiência na iniciativa privada e respeito do empresariado. Mas Lula não encontrou ainda quem queira encarar a tarefa. Sondados, o empresário Jorge Gerdau, do ramo siderúrgico, e Maurício Botelho, executivo da Embraer, recusaram o convite.

Enquanto padece para seduzir alguém do mundo empresarial, o presidente enfrenta as resistências políticas. Reagiu ontem com vigor à posição de um interlocutor da base aliada de que o partido não aceitaria Mares Guia deslocado para o Ministério das Relações Institucionais.

Durante a conversa ocorrida no Palácio do Planalto, Lula, visivelmente irritado, disse que o cargo seria ocupado por um político hábil e de inteira confiança dele e deixou claro que não admitia o cerco partidário em torno da escolha.
Embora não tenha confirmado a transferência do ministro do Turismo, Lula, logo em seguida, elogiou-o.

– Ele (Mares Guia) é um político muito hábil e fez do Ministério do Turismo um sucesso. Com um orçamento apenas de R$ 250 milhões, ele conseguiu mobilizar parlamentares e fazer um bom trabalho – teria dito ao interlocutor.

A indicação de Mares Guia para as Relações Institucionais tem sido bombardeada pelo PT. A sigla do presidente quer continuar com voz ativa na reunião das 9h de segunda-feira no Planalto e pretende estar à frente de todo o processo de coordenação política da administração federal.

Políticos influentes da base torcem para que o escolhido seja o ministro do Turismo e os motivos são óbvios: ele seria mais aberto do que um petista ao jogo de troca de favores entre o Executivo e parlamentares.

O PTB sinalizou que prefere o Ministério das Relações Institucionais pelo simples fato de que a pasta cuida da coordenação política. Mares Guia confidenciou a amigos de que se sentiria muito à vontade no novo ministério. Mas, como é visto por Lula como uma espécie de curinga, pode ser deslocado para o Ministério do Desenvolvimento, substituindo Furlan. Além de político, Guia é empresário.

ZERO HORA
 

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