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 | 09/03/2007 12h37min

Chinaglia diz que ritmo de votações será mantido mesmo sem acordo

Presidente quer votar fim do voto secreto na Câmara na próxima terça

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse na manhã desta sexta que não pretende reduzir o ritmo de votações na semana que vem, mesmo sem acordo. Se a oposição tentar obstruir, Chinaglia disse que as matérias vão a voto e quem tiver mais, vence.

Segundo ele, a pauta da semana já está definida e, na terça-feira, ele quer votar o segundo turno da proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com o voto secreto na Câmara.

– Eu respeito o trabalho de todos e, portanto, aquilo que for regimental, quem tiver maioria leva. Vai ser simples assim – disse Chinaglia, antes de seguir para Minas Gerais, onde visita a Assembléia Legislativa e se reúne com o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.

Chinaglia disse que as disputas em torno da CPI do Apagão Aéreo fazem parte do jogo político e que a Câmara não pode parar por causa delas. Segundo ele, cabe ao novo líder do governo tratar das matérias de interesse do Palácio do Planalto, como a CPI.

– A pauta já está definida e quero destacar que na terça-feira, conforme combinado na reunião de líderes, vamos votar o segundo turno da PEC do voto aberto, ou seja, acabar com o voto secreto. A Câmara vai seguir os seus trabalhos naturalmente e com as disputas políticas, que são normais – afirmou.

O petista disse que, havendo obstrução para forçar a instalação da CPI, vai adotar todas as medidas previstas no regimento para manter a pauta da Casa.

– Eu respeito todas as iniciativas políticas, tudo aquilo que o regimento permite e autoriza. Eu cumprirei o meu papel da mesma maneira, seguindo o regimento. Eu não trabalho antecipando nenhuma hipótese. No cotidiano, vamos trabalhar e dar o caráter de normalidade que a Câmara sempre teve e vai manter.

Não foi nesta semana que as mulheres tiveram prioridade nas votações, mas Chinaglia garantiu que vários projetos de interesse feminino estarão na pauta da Câmara na semana que vem. Havia expectativa de que eles fossem votados esta semana, devido ao Dia Internacional da Mulher, comemorado ontem. Chinaglia espera que boa parte deles seja votada até o fim do mês.

Entre as propostas escolhidas com a participação do movimento de mulheres, estão cinco projetos defendidos pela CPI da Exploração Sexual. Um deles redefine os crimes sexuais, amplia a definição de estupro para punir o crime também quando é praticado contra homens e um que obriga a divulgação em hotéis, bares e restaurantes de material contra exploração sexual de crianças e adolescentes. Outro tipifica como crime fotografar ou filmar, disponibilizar ou facilitar o acesso a cenas de sexo envolvendo criança ou adolescente na internet.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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