O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), reagiu hoje à entrevista em que o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP) admite que seu adversário pode ter recorrido a métodos condenáveis para vencer a eleição para a presidência da Casa. Chinaglia disse que quem acusa deve apresentar os fatos.

- Eu fui informado de que ele levantou hipóteses, mas não soube apontar. Se é verdade que ele levantou hipóteses, eu peço que se apresentem os fatos, porque eu desconheço - afirmou.

Chinaglia também reagiu às críticas de que teria oferecido cargos aos parlamentares para vencer a eleição. Como prova de que não assumiu esse tipo de compromisso, Chinaglia quer votar logo o projeto de resolução que extingue mais de mil cargos de natureza especial (CNE) na Casa, mas a votação da matéria não deve ser fácil porque não há consenso entre os partidos. Os servidores que ocupavam esses cargos foram demitidos no ano passado, mas é importante aprovar a extinção deles para que os cargos não possam ser reocupados futuramente.

- Era meu dever, dado que eu concordo com a idéia de que havia CNEs inoperantes ou que não cumpriam com a função de trabalho aqui na Câmara. Estou dizendo, portanto, que coube à Mesa passada analisar e que é meu dever colocar em votação. Até porque isso, creio, ajuda a combater qualquer idéia de que, durante a campanha, tivéssemos acenado com qualquer benesse. Ao contrário, as notícias que eu tinha também é que havia pessoas de outras candidaturas dizendo que iriam ressuscitar os CNEs. Estou provando que, da nossa parte, nunca houve nenhuma iniciativa, senão seria uma contradição flagrante -, disse.