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 | 31/01/2007 14h49min

Megabloco garantiria seis cargos na Mesa Diretora da Câmara

Partidos que integram um bloco parlamentar atuam como uma só bancada

Cálculos preliminares da Secretaria-Geral da Câmara indicam que o megabloco formado por PMDB, PT, PR, PP, PSC, PTB, PTdoB e PTC (que apóiam Chinaglia) terá direito a seis dos 11 cargos na Mesa, quatro deles titulares. Já o bloco PSDB, PFL e PPS (que apóiam Fruet) terá três cargos, sendo dois titulares, enquanto o bloco PCdoB, PSB, PDT, PMN, PAN e PHS (que apóiam Rebelo) terá direito a duas vagas, ambas na suplência. Ainda não é possível dizer quem sai ganhando, porque um bloco pode ganhar uma vaga, mas perder o direito de escolher primeiro um cargo considerado de mais importância.

Nas indicações para as comissões, o megabloco terá direito a 10 escolhas, o bloco PSDB, PFL e PPS terá direito a cinco e o outro, a duas. Como os partidos políticos que integram um bloco parlamentar atuam na Câmara como uma só bancada, a briga será mais acirrada no preenchimento das vagas porque os partidos do bloco terão que chegar a um acordo sobre a indicação, o que antes era decidido dentro de um único partido. Ou seja, deve haver uma proliferação de candidaturas.

– Estamos retomando o comando da maioria para garantir democraticamente a proporcionalidade – disse o líder do PMDB, Wilson Santiago (PB).

O líder do PT, Henrique Fontana (RS), criticou a formação do bloco dos partidos que apóiam Rebelo. Segundo ele, como os aliados do atual presidente da Câmara não conseguiram uma candidatura única da base que garantisse a vitória, decidiram contra-atacar.

– A Câmara entrou em ritmo de carnaval antecipado. Nossa política não é essa. A gente defende a proporcionalidade, mas podemos ser levados a isso (ao bloco) – afirmou o líder petista.

Fontana disse defender a proporcionalidade que saiu das urnas e, mesmo com a formação do megabloco, quer garantir que o PSDB faça a terceira escolha para a Mesa. Ele está conversando sobre o assunto com o líder tucano, Antônio Carlos Pannunzio (SP).

– Vamos ter cuidado para não perder a cabeça nesse carnaval de bloco e chutar a proporcionalidade para o céu. É preciso manter a escolha das urnas – afirmou.

Não é só a formação de blocos que agita a Câmara na véspera da eleição do novo presidente e da posse dos deputados eleitos. A base aliada deve crescer após o troca-troca partidário que se intensifica. Um exemplo é o PR (ex-PL), que só nesta terça-feira recebeu a filiação de nove deputados, um senador e o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, passando a ter 34 deputados. Maggi disse que o governador de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), também entrará para as fileiras do partido, que apoiará o petista Chinaglia na sucessão na Câmara.

O líder do partido, Luciano Castro (RR), afirmou nesta quarta-feira que o cargo que o PR vai disputar na Mesa Diretora da Câmara, cuja eleição acontece na quinta-feira, juntamente com a escolha do novo presidente da Casa, é o da segunda vice-presidência. O candidato do PR é Inocêncio Oliveira (PE), que se eleito segundo vice, acumulará também a função de corregedor.

Com 23 deputados, o PDT foi o último partido de médio porte a declarar sua posição na eleição para presidente da Câmara, optando por Aldo Rebelo. O líder do PDT na Câmara, Miro Teixeira (RJ), que foi contra a composição, manifestou-se a favor de Chinaglia, mas foi voto vencido.

A opção do partido por Rebelo começou com a formulação, no início de janeiro, de uma proposta de programa que foi apresentada aos dois candidatos que haviam se lançado ao cargo na época. Em resposta, o comunista teria se comprometido a apoiar a implantação do orçamento impositivo, tornando o tema “uma das prioridades no inicio da nova legislatura”, e prometido se aliar ao PDT na intenção de reexaminar as medidas provisórias que “constituem, na forma atual, obstáculo inaceitável a uma relação madura e democrática entre os poderes”.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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