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 | 29/01/2007 12h19min

Candidatos ressaltam caráter missionário da presidência da Câmara

Jornalista foi impedida de argumentar com Chinaglia no debate

Em debate em Brasília, os três candidatos à presidência da Câmara dos Deputados – Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) – fizeram questão de ressaltar em suas apresentações que não desejam ocupar o cargo por realização pessoal, mas sim porque seria uma missão junto ao Parlamento.

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) afirmouque a primeira vitória de sua candidatura foi "tirar o debate das salas fechadas e abrir o diálogo com a sociedade". Segundo ele, a discussão pública é útil especialmente para os novos deputados, "que podem ter oportunidade para uma conversa mais franca e objetiva sobre as diferentes posições das candidaturas e sobre os desafios para a próxima legislatura".

O tucano citou dados publicados pela revista Veja segundo os quais, para grande parte dos brasileiros, os políticos são desonestos, mentem e não trabalham.

– Queremos recuperar a relação da Câmara com a sociedade e a autonomia do Poder Legislativo, pois 41% dos entrevistados pela revista disseram que a democracia funcionaria bem sem deputados e senadores – ressaltou Fruet.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) afirmou que a disputa pela Presidência da Câmara não é uma questão individual. Ele ressaltou a responsabilidade coletiva de todos os deputados de dirigir os trabalhos da Casa, definindo aquilo que é prioritário para o país. Segundo ele, "o papel da Mesa é indutor, de conduzir essa discussão. Ele disse que sua principal preocupação à frente da instituição é também uma preocupação do grupo de partidos que o apóia – recuperar a autoridade política da Câmara dos Deputados.

Já o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), primeiro a falar, disse que presidir a Casa é uma "pretensão elevada" porque significa "estabelecer compromissos com a democracia com a qual a instituição está ligada". Rebelo afirmou que a Câmara é "a mais antiga e a mais permanente das instituições do país". Acrescentou que a entidade "enfrentou desafios e vicissitudes" como a suspensão de seu funcionamento durante a ditadura militar (1964-1985), pois surgiram interesses que "não queriam que a democracia fosse construída com participação popular".

O debate com os candidatos à presidência da Câmara passou para a fase de perguntas de jornalistas selecionados para participarem do encontro. Um lance inusitado foi quando uma das repórteres quis argumentar com Arlindo Chinaglia, depois da réplica, o que não foi permitido pela mediadora. A apresentadora disse que a participação extra não estava prevista nas regras.

AGÊNCIA CÂMARA E CLICRBS
 

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