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 | 27/01/2007 17h52min

Comitês do PAC supõem articulação

Especialista diz que Dilma terá papel fundamental no processo

Há pelo menos três importantes sinais embutidos na inclusão de um comitê gestor do PAC, na avaliação de José Cezar Castanhar, professor da Escola Brasileira de Adminitração Pública da Fundação Getulio Vargas (Ebape-FGV). O primeiro, mais interno, é a indicação, para o governo, que as obras em andamento e outras que serão desenvolvidas são prioritárias. O acompanhamento do grupo e do comitê podem assegurar o avanço de forma articulada e integrada.

Um segundo nível de atuação, diz Castanhar, é com os outros níveis de governo, estaduais e municipais. O terceiro, finalmente, é para o setor privado, fundamental para que os projetos previstos no PAC saiam do papel.

– Parte dos investimentos privados podem vir de forma espontânea, mas outra parte requer coordenação, orientação, que deve ficar a cargo do comitê – diz Castanhar.

Mais uma vez, porém, um crachá volta a dominar a cena que supostamente deveria ser conduzida por regras e ritos.

– Quem vai fazer essa coordenação é a própria ministra Dilma (Rousseff, da Casa Civil), que tem proximidade, diálogo e acesso bastante desobstruído com o presidente – avalia o professor da Ebape-FGV.

Esse tipo de comitê, detalha Castanhar, costuma prever reuniões periódicas e um processo de acompanhamento que, diante de uma determinada meta, avalia o quanto foi feito, e porque não foi feito o que estava previsto para esse prazo.

– É uma questão técnica, mas também envolve talento. O quadro mais competente do governo na gestão, que é uma pessoa qualificada e com apetite para fazer essas coisas é a ministra Dilma – sustenta Castanhar.

Ivan Pinheiro, professor do programa de pós-graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), explica que esse tipo de comitê montado para o acompanhamento do PAC dá mais fluidez às decisões, porque em vez de acompanhar a linha hierárquica normal, reúne pessoas de várias áreas.

– Quando as questões são avaliadas simultaneamente, é possível diluir a competição interna, porque todos são ouvidos, e chegar a soluções mais adequadas, porque o mesmo problema é visto por múltiplas perspectivas – afirma Pinheiro.

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