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 | 19/12/2006 14h30min

Aumento a parlamentares gera protestos em Brasília

CUT comemorou decisão do STF que determina votação do reajuste

O dia na capital federal é marcado por diversas manifestações contra o reajuste de quase 91% no salário de deputados e senadores. Logo no início do dia, a Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF) trouxe para frente do Congresso uma garrafa de 4 metros de óleo de peroba. Os sindicalistas prometeram ainda, distribuir na quarta-feira, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, aos parlamentares que estiverem chegando a capital.

A presidente da CUT-DF, Rejane Pitanga, comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina votação em plenário do reajuste parlamentar. Segundo ela, o aumento de aproximadamente R$ 12 mil para R$ 24,5 mil provocou indignação na população.

– Estamos sentindo no contato com o povo a indignação da população brasileira com esse reajuste. É imoral, é indecente, é inadmissível – disse.

Segundo ela, os sindicalistas continuarão pressionando contra um reajuste de quase 91%.

Vamos continuar. Vamos estar nas ruas recolhendo assinaturas, vamos estar nas feiras, grandes locais de concentração popular.Queríamos que os parlamentares fossem para rua, tivessem coragem de sair de seus gabinetes, e fosse conversar com o povo que elegeu e está profundamente com essa decisão do Congresso Nacional – destacou.

Estudantes do Distrito Federal também se reuniram em frente ao Congresso. Nem todos se conheciam e alguns ficaram sabendo do manifesto por e-mails. Hércules da Silva, de 18 anos, que estuda Letras na Universidade de Brasília (UnB) explicou que foi combinado que o ato seria contrário ao aumento, que ele considera abusivo.

– Foi combinado que não seria algo partidário, mas contra o reajuste – explicou.

Pedro Lima, de 21 anos, estudante de Relações Internacionais da UnB criticou o reajuste e disse que os deputados e senadores "não trabalham tanto assim" para ganhar R$24,5 mil e mais benefícios.

– A política deveria ser vocação e não carreira – comentou.

AGÊNCIA BRASIL
 

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