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 | 23/11/2006 10h

PF desarticula quadrilha especializada em crimes financeiros

Grupo usava empresas do Exterior para ocultar bens de brasileiros

A Polícia Federal desencadeou hoje a Operação Castelhana, que desarticulou uma organização criminosa especializada em crimes financeiros, com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais. Desde o começo da manhã, estão sendo realizadas cerca de 20 prisões e 50 buscas e apreensões.

Entre os presos estão empresários, contadores e advogados. Eles são acusados de fazer uso de empresas fora do país (offshore), estabelecidas no Uruguai e na Espanha, para ocultar e dissimular valores e bens dos empresários brasileiros.

Um deputado federal também foi preso. Juvenil Alves (PT-MG) foi detido em sua casa, no bairro Belvedere, na região centro-sul de Belo Horizonte, e levado para a sede da PF em Belo Horizonte. A polícia havia realizado uma operação nos escritórios de advocacia do político.

Os escritórios de advocacia investigados realizavam todos os trânsitos burocráticos das empresas envolvidas, tanto no Exterior quanto no Brasil, além de constituírem empresas de fachada e contratar pessoas que nada tinham a ver com o esquema, os chamados “laranjas”, para atender a burocracia dos países.

Para a Operação Castelhana, foram recrutados aproximadamente 250 policiais federais e 120 auditores da Receita Federal. As ações acontecem nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Alagoas e no Distrito Federal.

As prisões, buscas e seqüestros de bens foram deferidos pelo Juízo Federal da Vara Especializada em Lavagem de Dinheiro de Belo Horizonte. As prisões têm validade por cinco dias e a finalidade de garantir que testemunhas não sejam intimidadas e que provas não sejam ocultadas.

A Receita Federal estima que a ação criminosa do grupo pode ter causado aos cofres públicos um prejuízo superior a R$ 1 bilhão.

AGÊNCIA BRASIL

 

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