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 | 07/09/2002 11h10min

Participantes do Grito dos Excluídos chegam à Perimetral

Manifestantes afirmam que não irão repetir incidentes registrados em 2001

Participantes do 8º Grito dos Excluídos estão na Avenida Loureiro da Silva, a Perimetral, onde pretendem encerrar a manifestação iniciada por volta das 9h no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre. Neste ano, o tema é soberania. Os manifestantes protestam contra o empréstimo de US$ 30 bilhões condido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) ao Brasil e contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Cerca de 40 homens do Batalhão de Choque da Brigada Militar (BM) estão no local para evitar que os integrantes do Grito dos Excluídos ingressem na Perimetral, onde ocorre a parada cívico-militar em comemoração aos 180 anos da Independência do Brasil.

Participam da marcha, promovida pelas pastorais sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),  integrantes de movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Trabalhadores Desempregados (MTD), além de representantes de indígenas, negros e moradores de rua. Os manifestantes afirmam que não pretendem repetir os incidentes registrados no ano passado, quando o desfile de 7 de setembro foi interrompido antes do final.

Em 2001, manifestantes com bandeiras do PSTU e símbolos de outras organizações como o MST entraram na Perimetral antes do programado e impediram o desfile da Cavalaria. O então comandante militar do Sul, general-de-Exército Max Hoertel, se retirou do palanque. Houve confronto entre integrantes do 7º Grito dos Excluídos e a Brigada Militar (BM).

Havia um acordo entre a organização do evento, a cargo do Exército e da BM, para que os manifestantes fizessem a última apresentação da parada, depois da Cavalaria. Antes de o 3º Regimento da Cavalaria de Guarda do Exército e o 4º Regimento de Polícia Montada entrarem na avenida, após um intervalo prolongado, o grupo tomou a Perimetral. O locutor anunciara a entrada da cavalaria, o que não ocorreu. Apesar dos apelos dos organizadores pelo carro de som, os manifestantes permaneceram na avenida, impedindo o prosseguimento da parada. PMs foram empurrados e agredidos e integrantes da marcha levaram golpes de cassetete.

Minutos depois, em meio à confusão, o comandante militar do Sul determinou o fim da parada – decisão anunciada pelo alto-falante – e se retirou. A confusão só terminou depois de uma negociação que permitiu a passagem da Cavalaria. A Brigada Militar reteve os manifestantes numa parte da Loureiro da Silva, em frente ao Colégio Parobé, até a tropa fazer um contorno pela outra pista da Perimetral para retornar ao local de desfile.

Com informações da Rádio Gaúcha e de Zero Hora.

 

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