A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) informou hoje que o tráfego internacional de passageiros durante os nove primeiros meses do ano aumentou 5,9% comparado ao mesmo período de 2005, enquanto o de mercadorias aumentou 5,2%.

No âmbito dos passageiros transportados, o aumento registrado durante os nove primeiros meses de 2006 é 2,4 ponto percentual inferior ao contabilizado há um ano, o que reflete uma desaceleração.

Só durante setembro passado, o número de passageiros transportados entre países aumentou 4,7%, que, frente ao aumento de 8,2% registrado há um ano, confirma o arrefecimento observado desde maio passado, segundo a Iata, com sede em Genebra.

Por zonas geográficas, durante os nove primeiros meses do ano houve maiores avanços no tráfego internacional no Oriente Médio (com aumento de 15,4%) e na África (8,7%). Na América do Norte, o tráfego aumentou 5,7%, na Ásia e no Pacífico, 5,4%, e na Europa 5,3%, enquanto a América Latina foi a única região do mundo a registrar queda dos passageiros internacionais por avião.

– O arrefecimento no ritmo de crescimento do tráfego (de passageiros) começa a enfraquecer o entorno de receita, mas continuam as melhoras na eficiência e no cuidado na gestão – afirmou o diretor-geral da Iata, o italiano Giovanni Bisignani, em nota de imprensa.

Acrescentou que esses indicadores, "junto com a queda dos preços do petróleo, ajudarão a reduzir as perdas do setor durante este ano até US$ 1,7 bilhão".

Frente ao arrefecimento observado no tráfego de passageiros, o transporte internacional de mercadorias confirmou sua recuperação – após anos de arrefecimento – com um avanço que supera em 2,2 pontos o detectado nos nove primeiros meses de 2005. O mesmo ocorreu nos dados de setembro, quando as mercadorias transportadas aumentaram 4,9%, frente ao aumento de 1,3% de setembro de 2005.

Neste tipo de transporte, o Oriente Médio também foi a zona na qual mais aumentou o tráfego (16,8%), seguido da África (7,6%), América do Norte (5,9%), Ásia e Pacífico (5,3%), América Latina (3%) e Europa (2,1%).

AGÊNCIA EFE