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 | 30/10/2006 10h02min

Governo já se divide sobre rumos da economia

Lula ficou irritado ao saber de pressões para a troca de Mantega

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sabe que um dos principais problemas que terá pela frente é resolver se haverá mudanças na equipe econômica e qual será seu perfil nos próximos quatro anos. Devido às pressões que já começam a surgir tanto do núcleo de poder no Palácio do Planalto como da ala do PT que saiu fortalecida das eleições estaduais, este será um grande desafio do presidente.

Lula já decidiu que vai manter o núcleo de poder no Palácio do Planalto, tendo como fiéis escudeiros os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais), Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), por exemplo. Mas, nos últimos dias, Lula ficou irritado ao saber das pressões para a troca do ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que não era o momento para esse tipo de discussão.

De um lado, há no governo o grupo do próprio Mantega e de ministros como Dilma e Tarso em favor de acelerar o crescimento – mexendo inclusive na política de juros – e de já alcançar a meta de 5% em 2007, sendo que a média nos primeiros quatros anos foi de 2,25%.

De outro, há defensores da manutenção da ortodoxia da política econômica, mantendo o ritmo das ações (em juros e na área fiscal) para chegar ao mesmo resultado, mesmo que em prazo mais longo. Deste lado estão o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e petistas ligados ao ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, com o discurso de que mudanças bruscas poderiam afetar a credibilidade do Brasil.

– Isso não vai ser uma sangria desatada. O presidente tem até o mês de dezembro e é preciso ver como ficará a situação política – disse o governado eleito da Bahia, Jaques Wagner.

AGÊNCIA O GLOBO

 

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