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 | 20/10/2006 18h30min

Aécio diz que PT precisa passar por estágio na oposição

Tucano afirmou que fim do ciclo do governo petista seria bom para o Brasil

O governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse nesta sexta-feira, em Uberaba, que o PT precisa passar por um "estágio” na oposição para se “reciclar”. O governador mineiro, que participou de comício com o candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, fazia referência às sucessivas baixas na direção do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– Tenho uma relação cordial com o presidente Lula, mas tenho uma palavra muito firme para dizer que, para o Brasil, era importante que se encerrasse esse ciclo de governo do PT, que precisa, urgentemente, fazer um estágio na oposição, para se reciclar. O governo não fez bem ao PT, que já está na sua terceira ou quarta geração de dirigentes, porque os outros foram afastados por irregularidade. O PT precisa de um estágio na oposição. E, se depender de mim, esse estágio vai ser muito longo – disse Aécio Neves.

Aécio, apontado como futuro presidenciável, é tido como um dos poucos políticos do PSDB próximos de Lula. O governador falou ao lado de Alckmin no comício, mas preferiu não atacar o presidente da República e nem citar os atuais escândalos. As críticas ao governo federal também não foram pesadas. Ele afirmou apenas que chegou a "hora da virada" de Alckmin e que os votos do tucano no estado serão "multiplicados". Aécio, que foi reeleito com 77,3% dos votos, não transferiu seu eleitorado para Alckmin, que perdeu para Lula no estado por mais de um milhão de votos.

– O país passa por um momento da maior gravidade. É medíocre o índice de crescimento. É a hora da grande virada, que começou a partir de Uberaba – disse Aécio.

O comício em Uberaba foi o primeiro ato público de Alckmin após o debate de quinta-feira à noite com seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano disse ter gostado do resultado, aposta que ele pode ajudar a reverter a diferença, e negou que tenha sido menos agressivo que no encontro entre eles ocorrido na TV Bandeirantes, quando insistiu no assunto da tentativa de compra do dossiê para atingir José Serra (PSDB), governador eleito de São Paulo.

– Mostrei a mesma firmeza. Não mudei de estratégia. A sociedade está aguardando o Lula e o PT se explicarem. Agora tem fatos novos, graves. O Gedimar reiterou a questão do Freud (que teria ordenado a compra do dossiê). A dez dias das eleições há um crime, que envolve R$ 1,7 milhão, ainda não resolvido. E envolve gente próxima do presidente – disse Alckmin.

Num discurso para cerca de 200 militantes, Alckmin lembrou que ninguém acreditava que ele chegaria ao segundo turno da eleição.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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