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 | 19/10/2006 10h47min

PF investiga origem do dinheiro para compra de dossiê em SC

Casas de câmbio eram abastecidas com dólares do lote apreendido em hotel com petistas

A Polícia Federal (PF) não dá detalhes sobre a investigação que realiza em casas de câmbio catarinenses abastecidas com dólares do lote do qual fazem parte os US$ 284 mil apreendidos em um hotel de São Paulo com dois petistas que negociavam um dossiê contra políticos do PSDB.

Desde o início da semana, policiais federais lotados na Superintendência de Mato Grosso estão em Santa Catarina cruzando informações. O objetivo do rastreamento é saber se as notas apreendidas passaram pelas casas de câmbio.

Os agentes da PF de Santa Catarina não participam da investigação, informou ontem a assessoria do órgão. Isso porque o inquérito foi instaurado em Cuiabá (MT) e está a cargo do delegado Diógenes Curado Filho, responsável pelas investigações.

Extra-oficialmente, seriam quatro os estabelecimentos alvo da averiguação da PF: dois de Florianópolis, um de Joinville e um de Camboriú. Porém, o Diário Catarinense apurou que mais casas, a maioria no Litoral Centro-Norte e no Vale do Itajaí, também estão na lista dos agentes.

A PF não informa oficialmente o número de casas nem a região onde ficam. A agência de câmbio do Besc não está entre as operadoras que realizaram atividades suspeitas, informou a assessoria da PF no Estado.

O ex-analista de risco e mídia da campanha de Lula, Jorge Lorenzetti, um dos acusados de fazer parte do esquema, era, até o mês passado, diretor administrativo do banco catarinense. Em depoimento à PF, ele negou saber a origem do dinheiro.

Ontem, o delegado Diógenes Curado Filho afirmou que deve entregar hoje à Justiça Federal o relatório parcial das investigações. Inicialmente, havia a expectativa que o relatório fosse entregue ontem.

A assessoria da PF informou que o documento deve ser encaminhado junto do pedido de prorrogação do prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito. Isso significaria que as conclusões sobre a participação de petistas e a origem do dinheiro para a compra do dossiê só devem ser divulgadas após o fim do processo eleitoral.

JOÃO CAVALLAZZI/DIÁRIO CATARINENSE
 

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