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 | 17/10/2006 22h38min

Maggi nega relação entre apoio a Lula e liberação de verba para soja

Governador do Mato Grosso pode ser expulso do PPS

O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), culpou a si mesmo pelo imbróglio envolvendo sua declaração oficial de apoio à candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o anúncio, logo em seguida, de que o governo federal iria liberar R$ 1 bilhão para a agricultura, que muito interessa a seu Estado e também a seus próprios negócios. Maggi é um dos maiores plantadores de soja do país.

– Quem cometeu o erro de dizer qualquer coisa fui eu – confessou nesta terça.

Consoante com as explicações do governo federal, que foi criticado pelo PSDB e pelo PFL que viram na atitude do presidente Lula a compra do apoio do governador, Maggi afirmou que os recursos são provenientes de um acordo firmado em maio com o presidente e que a liberação, neste momento, se dá naturalmente e nada tem a ver com o calendário eleitoral.

– Eu lá sou nêgo de ser comprado – afirmou.

– Eu não valho R$ 1 bilhão. Se o presidente tem de fazer algo diferente tem de fazer em outro lugar e não aqui no Mato Grosso – acrescentou o milionário plantador de soja.

O apoio de Maggi a Lula causou indignação no PPS, que ameaça expulsá-lo porque queria que ele apoiasse Alckmin. O governador, porém, dá de ombros:

– Se todos Estados tivessem feito pelo PPS o que o Blairo Maggi fez, o partido seria um dos maiores do Brasil.

Maggi informou que ainda não entregou sua carta de desfiliação ao PPS nem pretende fazê-lo por enquanto. Além de fazer um mea-culpa, o governador deu a entender que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, é o principal responsável pelo apoio dele a Lula. O governador lembrou que em maio, em Rondonópolis, prometeu apoiar Alckmin, mas depois, como o PSDB lançou o senador Antero Paes de Barros para concorrer com ele, sua promessa esvaziou-se.

– Quando Alckmin veio aqui dei meu apoio e combinamos algumas coisas. Pedi a ele, por exemplo, que o PSDB não lançasse candidato ao governo. E eles lançaram o Antero, que bateu duramente em mim. Como posso, agora, apoiar o Alckmin? – questionou.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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