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 | 14/10/2006 14h45min

Lula rebate críticas e diz que adversário fará privatizações

Presidente diz que propostas de Alckmin vão prejudicar os trabalhadores

Ao conceder entrevista coletiva na tarde deste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a acusar seu adversário, o tucano Geraldo Alckmin, de defender a privatização das estatais e o enxugamento da máquina pública. Segundo Lula, um discurso que prega choque de gestão e enxugamento da máquina tem por conseqüência prejudicar os trabalhadores.

– Não temos cultura, não temos hábito de fazer com que os trabalhadores sejam as vítimas que foram durante muitos anos. Quando dizem "vamos fazer um choque de gestão, vamos enxugar a máquina", eu já sei o que acontece em qualquer cidade, em qualquer país: os trabalhadores saem perdendo – afirmou Lula.

Lula também rechaçou os ataques dos tucanos que dizem que sua campanha usa tática terrorista ao alertar para a possibilidade de um novo pacote de privatizações, num eventual governo Alckmin:

– Eu acho muito engraçado. Ou seja, as críticas a mim podem, é tudo normal. Mas eles não quererem reconhecer que a única coisa que eles souberam fazer foi vender o patrimônio todo para pagar as dívidas que eles mesmos fizeram. Ele acabou de vender a empresa de transmissão de São Paulo, faz poucos dias que privatizou. Eu não estou inventando história, estou constatando o que aconteceu no Brasil – disse o presidente.

O presidente disse também que irá cortar os supérfluos, modernizar a máquina pública para diminuir gastos e aumentar os investimentos se for reeleito para um segundo mandato. Na sexta, o coordenador nacional da campanha à reeleição afirmou que haverá redução de gastos, contradizendo o próprio Lula, que em entrevista publicada no jornal O Globo na quinta, dissera que o país está pronto para crescer, sem necessidade de novas reformas, de cortes de gastos, nem de enxugar o tamanho do Estado por meio de privatizações.

Marco Aurélio Garcia dissera também que os reajustes do funcionalismo seriam menores no caso de um segundo mandato. Desta vez, foi Lula quem o contradisse, ao afirmar, também neste sábado, que considera desproposital falar de salário do funcionalismo neste momento:

– Eu acho uma coisa desproposital discutir salário de funcionalismo público agora – disse o presidente, na saída da Granja do Torto, onde foi recebido por militantes.

– Primeiro porque demos um bom reajuste nos quatro anos, segundo porque já há projetos de lei reestruturando as carreiras do funcionalismo. Já foi uma parte, outra está no Congresso. Tudo o que for supérfluo vai ter que cortar. Tudo o que for necessário cortar, tudo o que gente puder de modernizar na máquina pública. Por exemplo, na Previdência com o censo economizamos R$ 1 bilhão. Você vai ter que fazer uma investigação em todas as áreas para que se possa diminuir os gastos e aumentar o investimento – disse Lula.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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