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 | 06/10/2006 09h31min

Registros mostram sete tentativas de contato com Legacy

Cruzamento de dados mostra que jato ficou quase uma hora sem comunicação

O cruzamento de dados do Centro de Controle de Tráfego Aéreo de Brasília (Cindacta1) com informações da caixa-preta do Legacy mostra que sete tentativas de contato foram registradas pelo jato fabricado pela Embraer, e, segundo dados da caixa-preta do Legacy, os pilotos sequer acionaram os comandos internos que permitiriam a resposta.

De acordo com o site O Globo Online, as investigações da equipe que investiga as causas do acidente com o Boeing 737-800 da Gol indicam que o Cindacta 1 ficou quase uma hora sem comunicação com o jato. Os controladores de vôo mantiveram comunicação normal com o jato no trajeto entre São José dos Campos (onde a aeronave decolou às 14h50m de sexta-feira) e Brasília.

O jato sobrevoou a capital federal por volta das 16h e, cerca de 10 minutos depois, os controladores observaram que o transponder – equipamento que registra a posição exata da aeronave no radar e aciona o sistema anticolisão – estava inoperante. O equipamento só voltou a funcionar após o choque com o Boeing da Gol, por volta das 17h.

As autoridades já têm convicção de que o piloto do Legacy desligou o transponder e permaneceu voando a 37 mil pés, descumprindo o plano de vôo e provocando o acidente. A FAB só deverá se manifestar, no entanto, depois de analisar as caixas-pretas do Boeing da Gol. Os investigadores não encontraram qualquer indício de falha no equipamento do jato.

Segundo os investigadores da Aeronáutica, o jato Legacy tem dois equipamentos de transponder. Em caso de pane no primeiro, o reserva é acionado automaticamente, mas para isso tem que estar ligado. Ao que tudo indica, o reserva também não funcionou, o que reforça a possibilidade de que o piloto tenha desligado o equipamento.

Em entrevista coletiva concedida no Rio de Janeiro, o diretor de controle de espaço aéreo da Aeronáutica, Paulo Roberto Vilarinho, não explicou por que o piloto do avião da Gol não foi avisado de que havia outra aeronave na mesma área, sem responder aos chamados das torres de controle.

O advogado dos pilotos, José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça, foi contratado para defender os dois pela empresa proprietária do jato. Ele disse que os americanos já voavam com o mesmo tipo de avião nos EUA e negou que eles estivessem fazendo testes durante o vôo. Dias afirmou que o transponder não estava desligado.

 

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