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 | 04/10/2006 14h44min

PF instaura inquérito sobre acidente do avião da Gol

Base de operação da equipe será transferida para Brasília

A Polícia Federal instaurou hoje o inquérito para apurar a suspeita de que pode ter sido cometido crime de homicídio culposo na colisão entre o Boeing 737-800 da Gol e o jato Legacy 600, que provocou a queda do avião que transportava 155 pessoas. O processo tem o número 670. O delegado federal Renato Saião Dias é o responsável pelo inquérito. Segundo ele, a PF já recebeu toda a documentação apurada pela Polícia Civil.

O delegando informou que as investigações vão permanecer em Mato Grosso, mas que a partir de sexta-feira, a base de operação da equipe que apura o caso será transferida para Brasília. A idéia é atuar em parceria com as equipes da Aeronáutica e da Agência Nacional de Avião Civil (Anac), que também estão no caso.

O inquérito vai apurar se ocorreram dois crimes no desastre: homicídio culposo, previsto no artigo 121 do Código Penal, e atentado contra segurança do transporte aéreo, artigo 261 do Código Penal.

Em nota divulgada hoje, o Comando da Aeronáutica reitera que ainda não há nenhuma confirmação das causas e responsáveis pelo acidente. A nota diz que é "prematuro atribuir as responsabilidades ou estabelecer-se qualquer juízo de valor" sobre o acidente, já que a investigação ainda está em andamento. A Aeronáutica informa ainda que as buscas foram retomadas logo ao nascer do sol e que o tempo na região está favorável, ao contrário de ontem.

Segundo a nota, cerca de 90 militares trabalham na fazenda Jarinã para localizar e remover os corpos das vítimas. Outros cem militares atuam no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, na Serra do Cachimbo.

Nesta quarta pela manhã, uma aeronave VU-9 Xingu entrou na operação para prestar apoio logístico. No total, oito aeronaves, das quais cinco helicópteros, trabalham nas buscas. Desde ontem, um médico, familiar de uma das vítimas, acompanha voluntariamente, no local do acidente, os trabalhos dos legistas.

A família da assistente de projetos da Ernst & Young Luana Freixo, de 23 anos, uma das vítimas, mandará rezar uma missa para os passageiros e tripulantes do Boeing, quinta ou sexta-feira, na Igreja do Ponto Cem Réis, no Fonseca, em Niterói. Segundo uma prima de Luana, Carla Freixo, esta foi a forma que a família encontrou de fazer uma homenagem às vítimas.

– Ainda vamos marcar o dia, mas a nossa idéia é que a cerimônia seja à noite, para que todos os que trabalham possam comparecer – informou Carla.

AGÊNCIA GLOBO
 

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