O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que o PMDB participe de seu governo, e justificou apoios como o do deputado Jader Barbalho (PA) e do senador Ney Suassuna (PB). Lula recebeu vários peemedebistas nesta terça, como Geddel Vieira Lima (BA), Íris Resende e Maguito Vilela, ambos de Goiás. Questionado sobre o apoio dessas pessoas, que já foram alvo de investigação, Tarso respondeu:

– São posições independentes que as pessoas assumem. O ex-senador Jader Barbalho foi uma peça importante no Senado para o presidente Fernando Henrique. Ney Suassuna foi ministro do governo FH. No campo da democracia, as pessoas não podem ser impedidas de tomar posição. O que tem que funcionar é o império da legalidade, para, quando a pessoa for apanhada no delito, ela responder judicialmente como está ocorrendo no governo Lula. Sempre falei no PMDB, que é um partido dividido, e que deve se unificar internamente para participar do próximo governo. E queremos que seja no nosso governo – afirmou.

Tarso disse ainda que Lula vai se reunir nesta quarta-feira com os governadores aliados eleitos no primeiro turno, e que terão papel importante na campanha de reeleição nos Estados. Segundo ele, o petista Jaques Wagner, eleito governador da Bahia, e o deputado Ciro Gomes terão um papel importante no Nordeste. Ele acrescentou que o Sul e o Sudeste também terão um tratamento especial. Tarso disse ainda acreditar que a maioria dos votos do P-Sol, do PDT, inclusive os votos de protesto e em branco, migrem para Lula.

– As pessoas se deram conta. Pelo amor de Deus, será que tem a possibilidade de o FH voltar? Elas estão pasmadas e irão votar no Lula – disse Tarso, em mais um ataque ao ex-presidente.

Tarso evitou comentar as declarações de Lula sobre a eleição do ex-presidente Fernando Collor para o Senado.

AGÊNCIA O GLOBO