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 | 03/10/2006 00h25min

Sul-coreano deve ser o novo secretário-geral de ONU

Ban Ki-moon recebeu votos a favor de EUA, Reino Unido, França, Rússia e China

O ministro de Exteriores da Coréia do Sul, Ban Ki-moon, confirmou hoje sua posição como o virtual oitavo secretário-geral da ONU, ao conseguir os votos e nenhum veto dos cinco grandes do Conselho de Segurança. Em outra votação realizada pelos quinze membros do Conselho, de caráter informal, Ban voltou a ser o candidato mais votado, em comparação com os outros cinco aspirantes a substituir o atual secretário-geral, o ganense Kofi Annan, cujo mandato expira em 31 de dezembro.

O ministro sul-coreano teve 14 votos a favor, incluídos os dos cinco membros permanentes do Conselho – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China – que são decisivos para que um candidato seja eleito, porque estes países têm poder de veto. Também contou com a abstenção de um membro não-permanente, embora se desconheça qual, já que a votação foi secreta, mas ainda assim não representa um obstáculo para que Ban consiga a nomeação.

Esta é a quarta votação indicativa e não tem valor real. Elas estão sendo realizadas desde julho para medir as preferências dos membros do Conselho, mas ao contrário das anteriores as cores das cédulas dos membros permanentes e não-permanentes foram diferentes. Deste modo, os cinco grandes do Conselho votaram com uma cédula de cor azul, enquanto os dez não-permanentes o fizeram com uma de cor branca.

Em segundo lugar, ficou o escritor e subsecretário para Informação Pública da ONU, o indiano Shashi Tharoor, que obteve 10 votos a favor, mas três contra, um de um membro permanente do Conselho, o que se traduz em um veto.

– Aceito a derrota. Ban ganhou e eu gostaria de transmitir-lhe minhas felicitações. De todo modo, estou encantado de ter ficado em segundo lugar nesta eleição. Não tenho o que criticar. Tive o privilégio de apresentar minha visão de mundo e os princípios da ONU, e estou muito satisfeito do apoio que recebi, embora não tenha sido suficiente – declarou Tharoor, depois de anunciar sua retirada da disputa.

Os outros cinco candidatos não só não alcançaram os nove votos suficientes para serem escolhidos, como também obtiveram um voto negativo (veto) de algum membro permanente do Conselho. Trata-se da presidente da Letônia, Viara Vike-Freiberga, do primeiro-ministro adjunto da Tailândia, Surakiart Sathirathai, do embaixador da Jordânia na ONU, o príncipe Zeid Raad Zeid Al-Hussein e o ex-ministro das Finanças do Afeganistão, Ashraf Ghani.

O embaixador da China na ONU, Wang Guangya, confirmou os resultados da votação que concedem a vitória a Ban e não exitou em dizer que ele será o candidato que o Conselho de Segurança vai recomendar à Assembléia Geral para ser o novo secretário-geral.

Se Ban for eleito formalmente no Conselho, a recomendação será apresentada à Assembléia Geral, formada pelos 192 países da ONU, que deverão ratificar a nomeação. Se tudo ocorrer como o previsto, o ministro sul-coreano se transformará no oitavo secretário-geral da ONU, o segundo asiático. Segundo a tradição de rotatividade da ONU, apesar de não ser regulamentada, o novo secretário-geral deve vir do continente asiático.

AGÊNCIA EFE

 

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