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 | 02/10/2006 18h55min

Defesa de Lula diz que escândalo do dossiê beneficiou Alckmin

Presidente foi acusado de querer obter vantagem eleitoral com documento

Os advogados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a defesa contra a acusação de seu concorrente ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin, do PSDB, de que ele teria tentado obter vantagem eleitoral às custas da compra de um dossiê contra políticos tucanos. Segundo os advogados, o verdadeiro beneficiado foi Alckmin, que teria faturado com o episódio no noticiário. Os advogados de Lula pedem que o tucano seja o alvo da investigação, e não o presidente da República.

– Os fatos, se examinados de forma isenta e desapaixonada, não são contra o candidato representado (Lula), vez que não apresentam nenhum indício de participação do representado ou de benefício à sua candidatura. O candidato representante (Alckmin) é quem foi o verdadeiro beneficiário com os fatos – escreveram os advogados.

A defesa foi apresentada na noite de domingo e será incluída na investigação sobre a tentativa de compra do dossiê, que tramita na corregedoria do TSE e foi aberta a pedido de Alckmin.

A representação proposta pelo tucano acusa a campanha de Lula de abuso do poder econômico, pois teria feito uso de dinheiro não contabilizado – caixa dois – para tentar comprar o dossiê. Também acusa os petistas de abuso do poder político, pois o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, teria proibido a Polícia Federal de divulgar as fotos do dinheiro supostamente utilizado na negociação para não prejudicar a candidatura do presidente.

Os advogados do PT argumentaram que a ação não poderia ter sido proposta por Alckmin, e sim pelo candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, que seria o alvo do dossiê. Também alegaram que a campanha de Lula não poderia ter interesse na compra do documento, já que ele liderava as pesquisas de opinião de eleitores antes de a negociação ter sido descoberta.

– É fato público e notório que o ora representado se encontrava no momento dos fatos em situação extremamente privilegiada nas pesquisas de intenção de voto – escreveram os advogados.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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