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 | 23/09/2006 11h41min

Procurador diz que suspeitos armaram trama para esconder a verdade

Mário Lúcio afirmou que depoimentos à Polícia Federal foram contraditórios

Os depoimentos na Polícia Federal dos três envolvidos na tentativa de compra do dossiê que pretendia incriminar políticos de oposição ao governo foram "uma sucessão meticulosa, articulada e tramada para ocultar a verdade dos fatos", disse o procurador da República de Mato Grosso Mário Lúcio Avelar. Ele acompanha a Polícia Federal nas investigações sobre o chamado Dossiê Cuiabá.

Segundo Avelar, a versão de Jorge Lorenzetti, Expedito Afonso Veloso e Osvaldo Bargas, ex-assessores de campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “foi contraditória, sem revelar a origem do dinheiro apreendido, numa tentativa de desmentir a prova material dos fatos”. Nenhum deles, conforme disse o procurador, revelou “a origem do dinheiro apreendido ou tampouco assumiu responsabilidade pela compra do dossiê”.

Em entrevista durante a madrugada deste sábado, Avelar contou que “os depoentes tentaram passar a idéia de que houve uma negociação para se conseguir os documentos, mas que não envolvia um acordo em dinheiro para que o empresário Luiz Antônio Vedoin, empresário acusado de ser operador do esquema de venda superfaturada de ambulâncias através de emendas parlamentares, fizesse um depoimento que comprometesse políticos do PSDB a uma revista de circulação nacional.

Conforme o procurador, eles disseram que “deixaram de negociar com terceiros, que ofereceram quantias elevadas, para conceder entrevista a uma revista, cedendo material para fins políticos, sem nenhuma contraprestação de recursos”.

Mário Lúcio Avelar disse que “o objetivo da Justiça é continuar trabalhando para identificar a origem de R$ 1,7 milhão apreendidos”.

AGÊNCIA BRASIL
 

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