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 | 19/09/2006 11h04min

Advogado declara que Gedimar deve recuar de suas declarações

Defensor de outro suspeito comete ato falho sobre origem do dinheiro

Suspeitos de participar da operação de compra de um dossiê contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, o advogado Gedimar Pereira Passos e o empresário Valdebran Padilha, filliado ao PT, já estão na sede da Polícia Federal em Cuiabá para prestar depoimento. O advogado de Gedimar, Cristiano Maronna, indicou que seu cliente irá recuar das declarações dadas em depoimento na sexta-feira na Polícia Federal em São Paulo. Segundo Maronna, Gedimar disse que há divergências entre o que aconteceu e as informações que têm sido divulgadas pela imprensa nos últimos dias, mas não entrou em detalhes.

– Ele disse que não bate. Ele disse que foi ouvido por mais de dez horas e existem divergências entre o que ele disse e o que está publicado – afirmou o advogado.

Caso haja alguma contradição em relação aos depoimentos tomados até agora, a PF fará uma acareação entre Gedimar, Valdebran, Luiz Antônio Vedoin e Paulo Roberto Trevisan, que foi preso transportando o material de Cuiabá para São Paulo.

Já o advogado do empresário Valdebran Padilha, Luiz Antônio Lourenço da Silva, confirmou que seu cliente foi a São Paulo para receber R$ 1,7 milhão de Gedimar. Ele disse, no entanto, que Valdebran não foi à capital paulista como membro do PT, e sim como amigo da família Vedoin, acusada de chefiar a máfia das ambulâncias. Na versão de Lourenço, o dinheiro serviria para pagar advogados e o tratamento médico de parentes de Luiz Antônio Vedoin.

Ao ser perguntado sobre o fato de seu cliente estar com uma grande quantidade de dinheiro vivo nas mãos, Lourenço cometeu um ato falho:

– Eu também gostaria de andar com um milhão... mas lícito, é claro. Eu não estou dizendo que o dinheiro de meu cliente é ilícito, não sei.

O procurador da República Mário Lúcio Avelar confirmou que pediu a prorrogação da prisão temporária de Gedimar, Valdebran e Paulo Roberto por mais cinco dias. O prazo da prisão temporária vence na quarta-feira.

Caso haja alguma contradição hoje em relação aos depoimentos tomados até agora, a PF fará uma acareação entre Gedimar, Valdebran, Luiz Antônio Vedoin e Paulo Roberto Trevisan, que foi preso transportando o material de Cuiabá para São Paulo.
 

AGÊNCIA O GLOBO
 

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