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 | 12/09/2006 12h42min

Suassuna acusa Biscaia de vaidade e diz que foi perseguido

Senador disse que teve assinatura falsificada em documento

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) disse nesta terça-feira, durante depoimento no Conselho de Ética do Senado, que o presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), mentiu e "fez carga" contra sua pessoa. O senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo de Suassuna questionou por que Biscaia teria agido dessa forma e Suassuna respondeu:

– Por vaidade, pura vaidade, ele tem os holofotes a seu favor.

Durante o depoimento Suassuna negou ainda ter participado do esquema de fraudes para a compra superfaturada de ambulâncias por meio de emendas parlamentares ao Orçamento da União ou mesmo conhecer os acusados de envolvimento com a máfia. O senador disse também que uma assinatura sua foi falsificada em um documento que destina verba para compra de ambulância e negou que vá renunciar ao cargo.

Ney Suassuna é suspeito de receber R$ 240 mil da chamada máfia dos sanguessugas para apresentação de emendas ao Orçamento. O dinheiro teria sido depositado na conta de Marcelo Carvalho, ex-assessor de Suassuna. O senador, que foi líder do PMDB, optou por comparecer sem a assessoria de advogado e pediu que o depoimento fosse aberto.

– Nenhum dos personagens me conhece. Não sabia da existência dessas pessoas, nunca falei pessoalmente ou por telefone com essas pessoas, embora jornais importantes digam que eu falei. Se o senhor verificar, vai ver que nenhum deles me conhece. Nunca falaram comigo, não sei sobre a sua existência – disse ele ao relator Jefferson Péres (PDT-AM).

O senador Ney Suassuna se referia aos principais acusados de participação no esquema, como a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino e os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da Planam, empresa acusada de comandar a máfia.

Suassuna também disse que conheceu Marcelo Carvalho ao assumir o Ministério da Integração Nacional, onde o ex-funcionário trabalhava como assessor parlamentar. Suassuna esteve à frente do Ministério no período de 14 de janeiro de 2001 a 5 de abril de 2002.

Ele explicou ao relator de seu processo, senador o trabalho de seu ex-assessor, e alegou que Marcelo Carvalho falsificou sua assinatura. Já o ex-assessor disse que o senador sabia das negociações que promovia e nega ter falsificado qualquer assinatura em pedidos de liberação de emendas do Orçamento da União.

Suassuna é um dos três senadores que estão sendo investigados porque tiveram os nomes incluídos no relatório parcial da CPI dos Sanguessugas por haver indícios ou provas de terem participado da chamada máfia das ambulâncias. Os outros dois são Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).

AGÊNCIA O GLOBO E AGÊNCIA SENADO
 

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