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 | 01/08/2006 16h59min

Biscaia marca para dia 10 apresentação de relatório da CPI

Sete depoimentos tomados em Cuiabá ainda serão analisados

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirmou hoje que o relatório da CPI deverá ser divulgado no próximo dia 10. Ele anunciou ainda que está analisando um novo CD enviado pela Polícia Federal de Cuiabá com sete depoimentos de integrantes do grupo criminoso que responde a processo por participação no esquema de fraudes para a compra de ambulâncias com recursos do orçamento da União. Ainda nesta terça, segundo o deputado, devem chegar à CPI mais documentos da Controladoria-Geral da União (GCU).

Biscaia revelou também que a CPI ouvirá ainda esta semana o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, um dos sócios-proprietários da Planam, empresa apontada como organizadora do esquema de fraudes. O depoimento será em caráter reservado, na sede da Polícia Federal, em Brasília, e servirá, segundo o presidente da CPI, para esclarecer alguns pontos obscuros de um outro depoimento que Vedoin prestou à Polícia Federal de Cuiabá. Também está prevista para esta semana, sem data marcada ainda, uma reunião administrativa da CPI para decidir os próximos passos a serem dados pela comissão.

– Esses três fatos (novos depoimentos da Polícia Federal, documentos da CGU e depoimento de Luiz Antônio Trevisan Vedoin) vão instruir todo o nosso arquivo eletrônico para definir rapidamente a situação de cada um dos apontados como envolvidos no esquema – afirmou Biscaia.

Entre os depoimentos recebidos da Polícia Federal de Cuiabá, constam os de Darci José Vedoin e de Ronildo Pereira Medeiros, também sócios-proprietários da Planam, além do de Maria da Penha Lino, ex-assessora do Ministério da Saúde acusada de intermediar as negociações da quadrilha naquele órgão. Os demais depoimentos são de parentes de Vedoin e Ronildo: Maria Estela de Silva, Rogério Henrique Medeiros de Freitas, Jairo Landoni e Ricardo Waldomann.

Quanto à criação de uma nova sub-relatoria para investigar a participação do Poder Executivo no esquema, Biscaia afirmou que essa é uma prerrogativa do relator do colegiado, senador Amir Lando (PMDB-RO). No entanto, o presidente da CPI é contrário à realização de uma audiência pública para ouvir três ex-ministros da Saúde (José Serra, José Saraiva Felipe e Humberto Costa), como desejam alguns membros da comissão.

– A minha posição não é favorável a ouvir os ex-ministros neste momento, porque uma audiência pública tumultuaria os trabalhos da CPI e a transformaria numa disputa político-eleitoral – opinou Biscaia.

AGÊNCIA SENADO
 

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