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 | 28/07/2006 15h06min

UE terá maior peso em eventual força de paz no Líbano

Ministro finlandês disse que contingente não pode ser exclusivamente europeu

A União Européia (UE) terá o maior peso em uma força de interposição no sul libanês, que não pode ser exclusivamente européia. A afirmação foi feita hoje pelo ministro das Relações Exteriores finlandês, Erkki Tuomioja, ao concluir uma viagem a Israel e ao Líbano. Em entrevista coletiva junto com a comissária das Relações Exteriores da UE, Benita Ferrero-Waldner, o ministro finlandês, cujo país exerce a presidência rotativa da UE, disse que transmitiu ao Governo libanês a postura européia favorável ao fim imediato das hostilidades.

Tuomioja também disse que a UE aprecia o plano de sete pontos do governo de Beirute, que, além do cessar-fogo, inclui um compromisso do Exército libanês de garantir a segurança no sul do país, o que significaria a retirada das milícias do Hezbollah.

– Não é realista pensar em uma força de interposição enquanto houver um grupo armado que foge de seu controle – disse Tuomioja, em referência à retirada do Hezbollah ou seu desarmamento.

O ministro finlandês disse que a UE não pode fazer milagre, diante da atitude até agora intransigente do governo israelense sobre o cessar-fogo, que também tem o apoio total dos Estados Unidos. Neste sentido, reconheceu certa frustração em seus interlocutores libaneses, porque "tinham grandes expectativas no papel e na influência da UE".

Ferrero-Waldner insistiu no aspecto humanitário de sua viagem a Israel, aos territórios palestinos e ao Líbano, e afirmou que os representantes da UE falaram com as autoridades israelenses sobre a necessidade de abrir passagens seguras para ajuda humanitária.

– Espero que funcionem – acrescentou, sem deixar claro se havia um compromisso do governo israelense sobre o assunto.

Junto com o ministro finlandês e com a comissária européia, o terceiro membro da UE era o enviado especial europeu para o Oriente Médio, Marc Otte, que não participou da entrevista coletiva. Otte teve que viajar ao Líbano de helicóptero a partir do Chipre, porque o aeroporto havia sido inutilizado devido aos bombardeios israelenses.

AGÊNCIA EFE
 

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