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 | 16/07/2006 17h48min

População de Israel diz que ajuda do Exército é insuficiente

Moradores de região atingida por ataques diz que não tem sido informada

A população do norte de Israel afirmou hoje que a ajuda oferecida pelo Exército não está sendo suficiente para enfrentar os ataques realizados pela milícia libanesa Hezbollah.

– No outro dia caíram foguetes em Haifa. Salvo nos pedirem que permaneçamos em alerta, ninguém teve a idéia de não nos mandar trabalhar – diz Irma, uma funcionária de hotel da Geórgia que não sabe como retornar hoje para sua casa, pois o transporte público está funcionando de forma irregular.

Os foguetes que hoje caíram em Haifa, terceira principal cidade do país, surpreenderam a população por sua capacidade de destruição. Além disso, oito funcionários do serviço ferroviário morreram enquanto trabalhavam por causa de ataque de foguetes do Hezbollah.

Guiora, um dos poucos vendedores que não fecharam suas lojas no monte Carmelo, disse que se o Exército tivesse lançado uma advertência clara sobre o perigo de foguetes, os funcionários não teriam morrido.

– Ninguém nos disse que não fôssemos trabalhar e sabiam que era possível acontecer isto – declarou.

O Exército israelense tem uma força especial de Defesa Civil, responsável por dirigir as operações de proteção à população. É esse comando que toca os alarmes antiaéreos, que se encarrega de preparar o fornecimento de alimentos e medicamentos para civis e que coordena as operações de resgate após o impacto de mísseis. No caso dos alarmes, apenas hoje Haifa entrou no dispositivo automático, pois no modo manual os foguetes caíam antes que ele tocasse.

A falta de coordenação entre o Comando da Defesa Civil, a polícia e as prefeituras causou o desabastecimento progressivo da população em algumas regiões afastadas como Metula e Kiryat Shmona. No fim de semana, o Exército israelense chegou com caminhões aos dois pequenos povoados para fornecer alimentos, porém a população de Haifa, de cerca de 250 mil habitantes, pergunta-se o que deve fazer quando farmácias, supermercados e outros serviços básicos estão fechados.

AGÊNCIA EFE
 

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