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 | 15/07/2006 15h23min

Israel mata 15 no sul do Líbano e volta a atacar Beirute

Mísseis atingiram veículos que transportavam moradores



 

Quinze pessoas morreram em um ataque da aviação israelense hoje à cidade libanesa de Shamad el Bayada, enquanto os habitantes dos bairros do sul de Beirute, reduto do Hezbollah, sofreram um novo ataque dos caças-bombardeiros israelenses.

Antes dos ataques dos caças-bombardeiros israelenses ocorridos em diversas zonas do norte e sul libanês, centenas de pessoas, a maioria turistas árabes, tentavam sair do país. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu à Síria que interceda junto ao Hezbollah para que este "entregue as armas".

Pelo menos 15 pessoas morreram hoje quando vários mísseis israelenses atingiram dois veículos que transportavam moradores de Shamad el Bayada, segundo fontes policiais. As fontes explicaram que os dois carros ficaram "completamente carbonizados".

As vítimas tentavam escapar do sul do Líbano, onde os ataques israelenses são mais violentos. A maioria dos mortos são crianças, segundo as fontes. Outras fontes citadas pela televisão Futuro garantiram que 21 pessoas morreram nesse ataque, que também deixou quatro feridos.

Os caças-bombardeiros israelenses também atacaram, pela primeira vez, as redondezas da cidade nortista de Trípoli, a segunda em importância do país e a passagem fronteiriça de Masnaa, entre Síria e Líbano, deixando-a inutilizável, informaram fontes policiais.

O Hezbollah, por sua vez, continuou hoje a lançar foguetes contra Israel. Um míssil terra-mar atingiu na sexta-feira à noite um navio israelense no litoral de Beirute e matou quatro marinheiros.

A rádio israelense informou hoje que esse projétil é de um tipo dos que o Irã costuma produzir com tecnologia chinesa. Até o momento, o Exército israelense não quis se pronunciar sobre a informação.

O Hezbollah manteve os ataques com foguetes Katyusha esta manhã contra diferentes cidades do norte de Israel, após uma mulher e seu neto de cinco anos terem morrido ontem em um ataque com este tipo de projétil em uma aldeia próxima à cidade de Safed.

Desde o começo da manhã, dezenas de foguetes foram disparados pela milícia libanesa contra as cidades de Naharia, Safed, Moshav Meron e em áreas abertas das Colinas de Golã, sem causar feridos.

Os foguetes também atingiram a cidade de Hazor Haglilit, e caíram no telhado de uma casa da cidade de Carmiel, próxima ao litoral de San Juan de Acre. Pelo lado árabe, durante a reunião urgente da Liga Árabe realizada esta manhã, no Cairo, surgiram divergências sobre o fato de o Hezbollah agir em consultar o governo libanês.

Enquanto Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos expressaram seu mal-estar pela decisão unilateral do Hezbollah, Síria, Líbano, Argélia e Iêmen definem as ações do grupo xiita como "resistência legítima".

Informações indicam que o comunicado final pode emitir uma condenação aos ataques de Israel e uma convocação para que o Hezbollah coordene suas ações com o governo libanês.

Bush assegurou hoje, na cidade russa de São Petersburgo, onde assistirá à reunião do G8, que a melhor maneira para pôr fim à atual crise no Oriente Médio é que o "Hezbollah deixe as armas" e pediu à Síria que pressione a milícia.

Além disso, Bush afirmou, na presença do presidente russo Vladimir Putin, que países de todo o mundo, sobretudo os do Oriente Médio, devem "apoiar quem apóia a democracia", e mencionou o presidente da Autoridade Nacional palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e Israel.

Antes do pedido de Bush, o Partido Árabe Socialista "Baas", do presidente da Síria, Bashar al-Assad, durante uma reunião do Comando Nacional, expressou ontem à noite seu "absoluto apoio à resistência" no Líbano e nos territórios palestinos frente aos ataques "bárbaros do inimigo", informou hoje a agência síria de notícias.

O Conselho de Segurança da ONU evitou, ontem à noite, tomar medidas e só conseguiu chegar a um consenso sobre o envio de uma missão para a região, liderada pelo assessor especial da ONU Vijay Nambiar, para pressionar pela libertação dos dois soldados israelenses capturados pelo Hezbollah e conseguir um cessar-fogo.

AGÊNCIA EFE
 

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