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Chávez e oposição apelam para ajuda exterior a aceitam discutir crise

Manifestantes venezuelanos atacaram nesta terça-feira, 9 de julho, a sede da emissora de TV Globovision, em Caracas, ferrenha crítica do governo do presidente Hugo Chávez. Pelo menos sete automóveis foram atingidos pelos destroços de uma granada, nessa que a foi a segunda investida contra um veículo de comunicação este ano. Em janeiro, a estrutura do prédio do jornal Asi es la Noticia se viu abalada com o lançamento de outro explosivo.

O ataque se deu no mesmo dia em que o governo e lideranças políticas opositoras jogaram a toalha a acataram a participação de organismos internacionais e de líderes do continente na discussão de alternativas à ruína social, econômica e política que se instalou na Venezuela.

O ex-presidente norte-americano Jimmy Carter anunciou a participação da Organização dos Estados Americanos (OEA), das Nações Unidas (ONU) e de membros da Igreja Católica no processo de reorganização da Venezuela.

O comunicado de acordo ocorreu um dia antes do megaprotesto antigovernista convocado pela oposição para esta quinta-feira em Caracas. A quarta-feira tende a ser particularmente tensa. Na última vez que o povo saiu às ruas para criticar a atual administração, a violência imperou, e pelo menos 40 pessoas morreram na manifestação.

Em abril último, 300 mil pessoas pediam a renúncia do presidente Hugo Chávez. Depois de insucessos faraônicos, o tenente-coronel viu sua popularidade despencar dos 90% para os 20%, em três anos de administração. Nas mãos de Chávez, a Venezuela perdeu receita com a desvalorização do petróleo – principal produto da economia – no mercado internacional, fato que colaborou para a desestabilização econômica do Estado venezuelano. As reservas internacionais foram queimadas, com o intuito de proteger o bolívar, a moeda nacional do país. Como conseqüência, acentuou-se a fuga de capital estrageiro, situação fruto da tensão política acarretada pela desvalorização em mais de 3% do bolívar.

Não bastassem os insucessos sócio-econômicos, a política venezuelana conheceria o inusitado. Era 13 de abril. Enquanto manchas de sangue e projéteis eram vistos pelas ruas de Caracas, Hugo Chávez, deixava o poder pelo golpe de Estado que consagraria o empresário Pedro Carmona, líder máximo.

Carmona teve tempo para não mais que dissolver o Congresso. Duas madrugadas depois de tomar o poder, o opositor máximo de Chávez assistia ao adversário retomar o poder. Chávez se anunciava de punho erguido por uma das janelas do Palácio Miraflores, depois de perceber uma oposição sem respaldo e possibilidade de consolidação. Cerca de 200 mil pessoas assistiram à cena.

 

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