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 | 07/07/2006 18h24min

Abbas confia no Egito para superar crise com Israel

Presidente da ANP disse que hoje foi um “novo dia de sangue” na região

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse confiar na mediação do Egito para resolver a crise dos presos com Israel, mas considera que a operação militar do Estado judeu, se continuar, pode acabar não com o governo do Hamas, mas com a própria Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Abbas falou hoje à imprensa estrangeira para denunciar as conseqüências da operação israelense: 44 mortos e mais de 100 feridos desde ontem, sem contar a destruição de infra-estruturas. O moderado presidente da ANP expressou ainda a esperança de chegar a um acordo com a mediação do Egito, "o parceiro mais persistente e eficaz".

Abbas, que abriu a entrevista coletiva dizendo que hoje foi "um novo dia de sangue", sobretudo para a região norte da Faixa de Gaza, afirmou que, apesar de tudo, não perdeu a esperança não só de resolver a crise dos presos como de voltar às negociações com Israel. O presidente da ANP garantiu ter "promessas israelenses" sobre uma possível libertação de presos, mas depois, ao ser perguntado, esclareceu que essas promessas eram anteriores ao seqüestro de Shalit e à atual crise, pois datam de um encontro que teve na Jordânia com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert.

Mesmo admitindo que tinha dúvidas acerca da informação publicada pela imprensa israelense, segundo a qual o Estado judeu estaria analisando a possibilidade de libertar presos, Abbas disse esperar que seja verdade. Abu Mazen afirmou que Israel tinha a atual operação militar na Faixa de Gaza em seus planos antes do seqüestro do soldado.

O presidente da ANP, que pertence ao movimento Fatah, defendeu o primeiro-ministro palestino Ismail Haniyeh, do Hamas. Abu Mazen disse que, ao contrário do que sugerira um jornalista, é o premier que controla o Hamas, e não os líderes no exílio. Abbas também defendeu sua própria autoridade, depois de o Ministério do Interior da ANP, controlado pelo Hamas, pedir que as facções defendessem as fronteiras. Disse que esse chamado já fora revogado por uma ordem presidencial.

AGÊNCIA EFE
 

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