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 | 06/07/2006 10h16min

Oito vereadores mineiros são presos pela Polícia Federal

Grupo é acusado de formação de quadrilha para desvio de verba pública

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quinta oito dos 15 vereadores de Montes Claros, cidade no norte de Minas, na operação batizada de Pombo Correio. Segundo o delegado Daniel Souza Silva, que comandou a operação junto com o delegado Marcelo Eduardo Freitas, eles são acusados de formação de quadrilha para desvio de verba pública do município por meio de notas frias de postagem de correspondência. Também foram presos dois ex-funcionários de franquias dos Correios na cidade e o contador da Câmara Municipal. Todos foram detidos em suas casas, no começo da manhã.

No esquema, os funcionários dos Correios repassavam notas frias para os oito parlamentares, que as utilizavam para justificar verba de gabinete desviada. A suspeita é que cada vereador tenha desviado cerca de R$ 5 mil por mês. O delegado contou que há comprovação de que o esquema funcionava desde janeiro de 2004, quando houve a posse dos atuais integrantes da Câmara Municipal.

Os vereadores detidos são: Raimundo Pereira Silva (PDT), Alrindo Ribeiro (PTN), Athos Mameluque (PMDB), Marcos Nem (PL), Fátima Pereira Macedo (PTB), Ademar Bicalho (PTB), Júnior Samambaia (PV) e Lipa Xavier (PC do B). Também foram presos o ex-vereador Rosemberg dos Anjos Medeiros e os ex-funcionários da franquia dos Correios, Ranieri Robson Almeida e Erley Ferreira Câmara, além do contador da Câmara, Ivan Fonseca.

As investigações da PF começaram em maio deste ano, após o recebimento de uma denúncia anônima. De acordo com o delegado Daniel, foi pedido ao presidente da Câmara que fornecesse a prestação de contas dos parlamentares, ficando comprovada que os recibos utilizados não constavam no registro dos Correios. Todos os acusados foram levados para a sede da PF em Montes Claros.

Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Montes Claros, Newton Lívio Lemos Salles. Os acusados responderão por peculato, por formação de quadrilha e por utilização indevida de papéis públicos. A soma das penas máximas para os envolvidos chega a 30 anos de prisão. O delegado contou ainda que eles ficarão presos pelos próximos cinco dias e que os que colaborarem com a investigação poderão ser soltos antes desse tempo.

AGÊNCIA O GLOBO

 

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