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 | 04/07/2006 17h51min

Agentes penitenciários paulistas protestam por segurança

Manifestação é por luta e contra a falta de condições seguras de trabalho

Agentes penitenciários paulistas de 30 das 144 unidades prisionais de todo o Estado paralisaram hoje parte de suas atividades. Segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), eles protestam pela morte de quatro agentes, nos últimos sete dias, na capital e na Grande São Paulo.

De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, a manifestação é de luto e também contra a falta de segurança e começou no final de semana. Os funcionários limitam-se aos serviços básicos de alimentação e atendimento médico aos detentos. Foram suspensas as visitas, entregas de encomendas e soltura dos presos.

Desde maio, 11 funcionários de presídios paulistas foram mortos, nove deles durante os atentados atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com a lista divulgada pelo Sifuspesp, morreram na última semana os agentes penitenciários Nilton Celestino, Eduardo Rodrigues e Otacílio do Couto e o carcereiro Gilmar Francisco da Silva. Também houve ataques a um agente penitenciário em Campinas, no último sábado, e um em Hortolândia, ontem, sem mortes.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado, ainda está em investigação se esses crimes foram ordenados pela organização criminosa PCC ou se foram crimes isolados. A assessoria informou que 23 suspeitos já foram presos e aguardam a investigação da polícia. O coordenador da Pastoral Carcerária da Igreja Católica no Estado de São Paulo, padre Valdir João, disse que os funcionários estão apavorados.

– Trata-se de uma situação de angústia, medo e pavor. Eles sentem-se desprotegidos pelo Estado – afirmou.

Para solucionar o problema, disse o padre, seria preciso aumentar o número de funcionários nos presídios, porque há um grande déficit deles, aumentar os salários e dar proteção para que possam sair para o trabalho ou chegar em casa com segurança. Segundo ele, as ameaças aos agentes de segurança são feitas de dentro dos próprios presídios e há a suspeita de que sejam realizadas por integrantes do PCC.

AGÊNCIA BRASIL
 

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