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 | 21/06/2006 17h53min

TGV diz que poderá não ter US$ 75 milhões de parcela da Varig

Coordenador do grupo responsabilizou o governo pela situação da companhia

O coordenador da TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), Marcio Marsillac, admitiu há pouco a possibilidade de que não haja tempo suficiente para o depósito dos US$ 75 milhões referentes à primeira parcela de pagamento da compra da Varig.  Segundo ele, se as três frentes de investidores com quem a TGV e a NV Participações negociam não liberarem os recursos, não haverá como fazer o depósito.

– Estamos negociando com as três frentes (investidores) que não recuaram diante do quadro de depreciação que estamos vivendo – disse Marsillac, referindo-se à crise da companhia que, segundo ele, operou nesta quarta-feira com apenas 19 aeronaves.

Marsilac falou diante dos funcionários que participavam de uma manifestação na porta da Varig, no Rio de Janeiro, que as Justiça brasileira e a norte-americana estão dando prazo para que as alternativas que existem com investidores possam reverter-se em recursos.

– Ninguém aqui tem 100% de segurança de que esses recursos serão apresentados pelos investidores até sexta-feira. Não há certeza absoluta disso e preciso dizer isso a vocês. Criamos um consórcio, e na hora devida, os nomes dos parceiros surgirão, seja para o sucesso ou a desgraça completa. Mas vamos levar a conta ao governo – disse, responsabilizando o governo pela atual situação da companhia.

Segundo Marsillac, a próxima segunda-feira será uma data fatídica para a companhia. Ele afirmou que, se a empresa parar, isso ocorrera com créditos de R$ 5 bilhões a serem recebidos pelo governo.

–  Se, por acaso, não tivermos apresentado nossos recursos até sexta-feira e houver a paralisação da empresa, vamos mostrar os aviões parados e os funcionários andando. Mas vamos voar com essa empresa nem que seja com uma única aeronave – prometeu.

Marsillac convocou os funcionários da companhia para mais uma manifestação no final da manhã desta sexta-feira. Os funcionários que participaram do protesto na porta da Varig seguiram neste momento para o saguão do aeroporto Santos Dumont e desistiram de ir até a sede do BNDES.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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