Após a homologação da candidatura de Antônio Britto (PPS) ao governo do Estado e de Germano Bonow (PFL) para vice, ocorrida no domingo, o ex-governador iniciou oficialmente sua jornada como postulante ao Palácio Piratini nesta segunda-feira, dia 24, na região da Campanha.

Pela manhã, Britto reuniu-se com produtores rurais na sede da Fazenda Ana Paula Agropastoril, em Aceguá. Em maio, a propriedade foi invadida por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Durante o encontro, o candidato ouviu as reivindicações dos produtores por um combate efetivo às invasões de terra e ao abigeato.

Logo após, o candidato participou de um programa na Rádio Cultura, em Bagé. De lá dirigiu-se para um almoço com produtores rurais e representantes do PPS e PFL de Bagé e de Santana do Livramento. Ao discursar, Britto criticou o tratamento do governo do Estado à invasão sofrida pela Fazenda Ana Paula.

– Eles querem transformar esse empreendimento em uma Ford 2 – disse, em alusão à desistência da montadora em se instalar no Estado.

O candidato afirmou que o governo Olívio Dutra deixou de ser mediador para tornar-se cúmplice do MST nas invasões de propriedade. Para Britto, as relações entre PT e MST são mais fortes do que os compromissos do partido com a Constituição.

Após o almoço, Britto participou de uma caminhada pela Rua Sete de Setembro, no centro de Bagé, e visitou o prefeito Luiz Fernando Mainardi (PT). Apesar do aparente clima de cordialidade, as declarações de Britto sobre o PT causaram desconforto. Para o presidente do diretório municipal do PT, Marcos Peres, as afirmações foram uma demonstração de arrogância do candidato do PPS.