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 | 04/06/2006 06h29min

Angela Merkel diz que acompanhará de perto a seleção alemã

Chanceler evitou falar sobre possível visita do presidente iraniano ao Mundial

A chanceler Angela Merkel surpreendeu os alemães ao se revelar uma grande torcedora da seleção da Alemanha e avisou que irá ao jogo de estréia do Brasil na Copa, conforme publicou o jornal Bild am Sonntag. Em entrevista divulgada hoje pelo jornal, Merkel disse que está mais entusiasmada que seu marido e que não perderá nenhum jogo da seleção alemã.

Independente das seleções que estiverem em campo, a chanceler também estará na final, no dia 9 de julho, ao lado do presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, o próximo país anfitrião do Mundial, em 2010. Merkel também estará acompanhada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, um grande fã do futebol, que na sua juventude foi um "diabólico" atacante, segundo um porta-voz da ONU.

A chanceler também convidou o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, com quem espera ter a oportunidade de manter uma conversa bilateral, se ele aceitar o convite. Merkel evitou falar, no entanto, sobre a possível visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que prometeu viajar para a Alemanha, se sua agenda permitir, apesar da polêmica causada pelo seu programa nuclear e das ameaças feitas a Israel.

O presidente da Federação Alemã de Futebol, Theo Zwanziger, defende criticar abertamente a política de Ahmadinejad se ele decidir viajar para ver a Copa.

– Se vier, é preciso deixar bem claro que o que ele falou é absolutamente inaceitável, criminoso e totalmente afastado da realidade – afirmou Zwanziger, referindo-se à negação da existência do Holocausto feita pelo presidente iraniano.

Zwanziger ressaltou que não se podem dar boas-vindas a alguém que se nega a aceitar a realidade do Holocausto. Ahmadinejad pode viajar para a Alemanha se a seleção iraniana vencer o México no dia 11 de junho em Nuremberg. O presidente assistiria ao jogo contra Portugal em 17 de junho em Frankfurt. Em todo caso, Merkel não pensa em perder nenhum jogo da seleção alemã e já programou sua agenda para poder acompanhar a equipe "até a final".

Já Kofi Annan disse ao Bild am Sonntag que gostaria que o espírito de equipe do futebol fosse transferido para o mundo da política.

– Assim, o mundo teria um comércio mais justo e livre, sem subsídios, as fronteiras não teriam alfândegas e cada país teria a possibilidade de demonstrar seus pontos fortes no cenário mundial – considera Annan.

Annan prometeu que, quando a seleção de Gana, seu país natal, entrar em campo para jogar contra a Itália em Hannover, ele lembrará que o mais importante é participar da festa dos povos, mas talvez não possa cumprir essa promessa porque é um torcedor fanático.

AGÊNCIA EFE

 

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