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 | 02/06/2006 14h05min

Terrorismo é preocupação especial em jogos dos EUA

Polícia Alemã aponta 21 partidas do Mundial como altamente perigosas

Os olhos da imprensa e de torcedores do mundo todo estarão voltados para um só lugar entre 9 de junho e 9 de julho. O foco na Copa da Alemanha é ao mesmo tempo um espetáculo grandioso e uma preocupação para as autoridades do país. Temor que chega à população: segundo pesquisa do instituto Emnid, realizada no começo do ano, 42% dos alemães acham que alguma partida deverá ser cancelada por causa de ameaças terroristas, e 95% consideram importante ou muito importante a intervenção policial diante do risco de atentados.

Ciente da situação, a polícia federal da Alemanha aponta 21 jogos do Mundial como "altamente perigosos" - principalmente pelo risco de ataques de terroristas. Conforme reportagem da revista alemã Stern publicada há duas semanas, no topo da lista estão a abertura da Copa, entre Alemanha e Costa Rica, dia 9 de junho, em Munique, e a final, em 9 de julho, em Berlim. Além destes, todos os que envolverem a seleção dos Estados Unidos, inimigo principal da organização terrorista Al-Qaeda, são perigosos. Mais abaixo na lista estão os jogos que envolvem nações como Inglaterra, Espanha, Polônia e Austrália, todos países participantes da aliança militar com os EUA na guerra do Iraque.

Para reforçar a segurança, haverá um contingente de sete mil soldados – dois mil em pontos estratégicos e outros cinco mil preparados para entrar em ação – como especialistas em armas atômicas, biológicas e químicas, para ameaças epidemiológicas ou de outro tipo, conforme informou o o ministro do Interior da Alemanha, Wolfgang Schäuble. Além disso, as forças nacionais receberão o auxílio de 500 agentes de outros países - da União Européia em sua maioria. Nas fronteiras, o controle será rigoroso, bem como no espaço aéreo, cuja vigilância ficará à cargo de aviões AWACS da Otan.

No trabalho estratégico, o Centro Nacional de Informação e Cooperação, em Berlim, funcionará 24 horas durante o Mundial, reunindo relatórios da polícia alemã, da Interpol e dos serviços de inteligência sobre atividades suspeitas. O diretor do centro, Reiner Piper, espera lidar com 1 mil informações individuais por dia, segundo reportagem do jornal The New York Times.

Apesar de todo cuidado com o terror, as autoridades alemãs admitem que estão mais preocupadas com os torcedores do que com a Al Qaeda, informou o NYT.

AGÊNCIA EFE
 

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