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 | 23/05/2006 14h05min

Delúbio diz que PT só conhecia os problemas financeiros do partido

Ex-dirigente negou que campanha de 2002 tenha recebido dólares cubanos

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares afirmou em seu depoimento na CPI dos Bingos que a responsabilidade pelos empréstimos feitos ao partido através das empresas de Marcos Valério era somente dele. O depoente disse que a direção do partido só tinha conhecimento dos problemas financeiros da sigla.

– Eu era responsável pela gestão financeira. Tinha autorização do diretório de resolver os problemas – diz Delúbio.

De acordo com o ex-tesoureiro, ele foi procurado por diversos dirigentes do PT sobre a situação financeira da base aliada, sobre as dificuldades de campanha de 2002. Então, Delúbio conversou com o empresário Marcos Valério sobre as finanças do partido:

– Conversei com Valério sobre nossas dificuldades. O empresário se colocou a disposição para fazer empréstimos por intermédio de suas empresas, que tinham crédito na época. Solicitei a ele (Valério), numa relação de confiança a fazer esses empréstimos – afirma o ex-tesoureiro.

Delúbio disse só ter tido conhecimento pela imprensa, por meio de reportagem da revista Veja, de que o PT teria recebido doação de dólares cubanos para a campanha de 2002. O depoente contradisse, assim, informações prestadas por Rogério Buratti e Vladimir Poleto, ex-assessores do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci quando este era prefeito de Ribeirão Preto (SP), em depoimentos anteriores na CPI dos Bingos.

Em depoimento nesta terça-feira, na CPI, o ex-tesoureiro disse que as afirmações de Silvio Pereira – com quem, segundo assegurou, não tem mantido contato – são de responsabilidade do ex-secretário-geral do PT, e que não tem conhecimento dessa suposta arrecadação de R$ 1 bilhão, denunciada por Sílvio Pereira em entrevista ao jornal O Globo.

Delúbio também negou envolvimento e disse nunca ter sido procurado por ninguém da Prefeitura de Ribeirão Preto para tratar de repasse de recursos. Negou que Ralf Barquete tenha repassado ao PT qualquer montante proveniente de propina paga por empresas de lixo na prefeitura da cidade paulista.

O ex-dirigente também afirmou não ter participado da suposta extorsão que o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz e Rogério Buratti teriam feito à Gtech para a renovação de contrato com a Caixa Econômica Federal destinado ao processamento das loterias federais.

AGÊNCIA O GLOBO

 

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