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 | 15/05/2006 14h11min

Petrobras deve aumentar investimentos em energia no Brasil

Companhia projeta a construção de unidades para a liquefação de gás

Em função da crise entre Brasil e Bolívia, a Petrobras já avalia aumentar os investimentos em gás natural em seu próximo Plano de Negócios que irá vigorar entre 2007 e 2011 e que deverá ser concluído até o fim de junho. A empresa, pela primeira vez, também deverá englobar entre os seus projetos a construção de unidades para a liquefação de gás, que seria uma alternativa para cobrir qualquer problema no abastecimento vindo do país vizinho.

O Plano de Negócios atual, divulgado no ano passado, prevê investimentos de US$ 16 bilhões para a área de Gás e Energia.

– Dentro do atual contexto e das circunstâncias reinantes, (o aumento dos investimentos na área de gás e energia) será considerado no conjunto dos nossos negócios. É possível que venhamos a incrementar os investimentos domésticos na área de gás – disse o diretor Financeiro e de Relações com investidores da empresa, Almir Barbassa, ao explicar o lucro de R$ 6,7 bilhões da companhia no primeiro trimestre deste ano.

Atualmente, o Brasil produz cerca de 100 mil barris de óleo equivalente de gás, mas grande parte deste volume não pode ser aproveitada em função da falta de gasodutos para levar o produto até o consumidor. A liquefação do gás facilita o seu transporte, uma vez que ele pode ser feito por meio de rodovias.

– Ainda não há uma definição de onde ficariam essas plantas de liquefação de gás, mas provavelmente um terminal iria para o Nordeste e outro para o Sudeste. Mas ainda temos que fazer várias análises em relação a este investimento. Estamos no início de um processo de negociação e de revisão do Plano de Negócios – disse o diretor.

A Área de Gás e Energia da empresa teve um prejuízo de R$ 78 milhões no primeiro trimestre deste ano, contra perdas de R$ 71 milhões no mesmo período do ano passado.

Barbassa informou que o resultado foi negativo em função das perdas da empresa com os contratos com a térmica Macaé Merchant, comprada da El Paso apenas na semana passada. Até então, a estatal vinha tendo prejuízo com a companhia, já que contratos firmados na época do racionamento de energia previam uma remuneração mensal da empresa pela Petrobras ainda que ela não produzisse um megawatt de energia.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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