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 | 14/05/2006 18h06min

Colorado bate São Paulo por 3 a 1 no Beira-Rio

Zagueiro Índio foi o destaque da partida, com dois gols de cabeça

Uma bela atuação dentro de casa e mais uma vitória. O Inter bateu o São Paulo, do técnico Muricy Ramalho, dentro do Beira-Rio na tarde deste domingo. O resultado de 3 a 1 manteve o time comandado por Abel Braga no topo da tabela de classificação do Brasileirão. O nome do jogo foi, sem dúvida, o zagueiro Índio, autor de dois gols de cabeça. O terceiro gol colorado foi de Rafael Sobis, em um lance polêmico. O tricolor paulista marcou com Aloísio.

Antes da bola rolar, a torcida saudou o ex-treinador do Inter, como forma de reconhecimento por ter formado o grupo e ter colocado o clube de volta na Libertadores da América, competição que o São Paulo, atual campeão mundial, também disputa. Mas após o apito inicial, nada de amizade.

O jogo foi franco desde o início. As chegadas próximas à área foram equivalentes, porém com poucas finalizações. O ataque colorado, com Rafael Sobis e Rentería, sofreu uma severa marcação de Lugano e Fabão, respectivamente. Pior para Sobis, pois o zagueiro uruguaio não teve vergonha de economizar lances desleais – para a irritação do colorado.

O Inter chegou ao primeiro gol aos 13 minutos do primeiro tempo. Índio, excelente elemento surpresa no apoio ao setor ofensivo, foi lançado dentro da área são-paulina. Fabão tentou afastar, mas errou em bola. Lugano chega firme e dá de bico para escanteio. Milimétrico, Jorge Wagner mandou a bola no meio da área após a primeira tentativa de cruzamento. Índio subiu mais que os adversários para cabecear no canto do gol de Rogério Ceni.

Sobis perdeu a chance de ampliar o marcador dois minutos depois. Rentería invadiu a área pela direita e cruzou. De carrinho, ele dividiu com a defesa na pequena área, mas a bola foi pela linha de fundo. Depois disso, o São Paulo esboçou reação e até tentou empurrar o Inter para o campo de defesa. Não deu. Os comandados de Abel Braga mantiveram o padrão de jogo, dominando o meio-campo.

Mas numa coisa Inter e São Paulo concordaram desde o primeiro tempo. Os critérios confusos do árbitro Evandro Rogério Roman. Danilo fez uma dura falta em Rafael Sobis e levou amarelo aos 18 minutos. Aos 33, deixa a perna para acertar Élder Granja. Roman marca apenas falta em um segundo lance desleal do são-paulino. Além disso, a tônica foi as inversões de falta. Mas o pior, para a arbitragem, estava por vir na etapa complementar.

Inter e São Paulo voltaram a campo para os 45 minutos finais com as mesmas equipes. O time de Muricy começou patinando. Logo na saída de bola, Fabão dormiu na jogada e permitiu que Rafael Sobis partisse em direção à área. Mas a defesa se recuperou no lance. O Colorado mostrou desde a volta dos vestiários que iria marcar no campo inteiro. Só que foi o São Paulo que reagiu.

Aos 3 minutos do segundo tempo, Aloísio aproveitou uma bola alçada da direita na área do Inter e mandou para o gol, deixando tudo igual. Mas o Inter respondeu em seguida, com Índio novamente, aos 8 minutos. No escanteio cobrado por Jorge Wagner, o zagueiro mandou de novo no canto direito de Rogério Ceni.

O lance mais polêmico da partida ocorreu aos 16 minutos do segundo tempo. O zagueiro Fabão tentou esconder a bola do volante Fabinho. O colorado conseguiu dar um chute na bola por entre as pernas do adversário. Sobis, em posição de impedimento, recebeu o passe e partiu em direção à área e chutou no canto esquerdo de Rogério Ceni para marcar o 3 a 1.

O auxiliar invalidou o lance. Mas Roman, entre o aumentativo e o diminutivo do nome "Fábio", teria visto Fabão recuando a bola, o que daria condições legais à jogada. Após a partida, o técnico Muricy Ramalho disse que o árbitro pediu desculpas pelo lance.

Muricy também tentou renovar o gás do time colocando o possível convocado do técnico Parreira para a Copa do Mundo Ricardo Oliveira. O atacante entrou na vaga de Danilo e se juntou a Leandro e Aloísio no setor ofensivo. Já Abel, sacou Sobis e Alex para os ingressos de Wellington Monteiro e Chiquinho, respectivamente. A pressão, nos minutos finais, foi são-paulina. Porém, o Inter soube segurar.

JULIANO SCHÜLER, CLICRBS
 

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