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 | 10/05/2006 21h46min

Governo de Morales nega influência da Venezuela sobre Bolívia

Ministro Celso Amorim advertiu Chávez que ingerência prejudica integração

O governo da Bolívia negou hoje que esteja sendo influenciado pela Venezuela. O vice-presidente boliviano, Alvaro García Linera, foi questionado sobre as críticas do Brasil pela suposta ingerência de Hugo Chávez na nacionalização dos hidrocarbonetos decretada pelo país.

– Há vários países amigos com os quais trabalhamos em muitas questões, mas isso jamais se traduz em uma interferência, uma influência ou uma manipulação de decisões da Bolívia – disse Linera.

O vice-presidente declarou que as decisões do executivo de La Paz são soberanas. Ele afirmou que a postura do Brasil, expressa pelo ministro de Relações Exteriores Celso Amorim, são fruto do momento eleitoral brasileiro, em alusão à eleição presidencial de outubro.

Durante uma fala no Senado, Amorim disse na última terça que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, advertiu Chávez que sua ingerência regional prejudica a integração e o projeto de um gasoduto sul-americano. Alguns senadores expuseram a tese de que Chávez tenta usar a empresa estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) para treinar técnicos bolivianos que passariam a operar as instalações de petróleo e gás da Petrobras.

– Não posso realizar um julgamento. Não sabemos qual era a intenção do presidente Chávez, mas o fato concreto é que quando certas ameaças estavam sendo transmitidas pela imprensa, isto aconteceu paralelamente a uma grande presença de funcionários da PVDSA na Bolívia – disse Amorim.

AGÊNCIA EFE
 

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