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 | 10/05/2006 09h39min

Ministro diz que Espanha defenderá Repsol política e juridicamente

Governo espanhol recebeu duras críticas da oposição

O ministro de Assuntos Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos, assegurou hoje que o governo não renunciará "a nenhum marco jurídico" para defender os interesses das empresas espanholas afetadas pela nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia, mas lembrou que há negociações em andamento.

Na sessão de controle do governo no Senado, Moratinos respondeu a uma pergunta do conservador Partido Popular (PP) sobre as medidas adotadas pelo Executivo para proteger os interesses industriais espanhóis na Bolívia.

O ministro de Exteriores assegurou que, desde que foi anunciado o decreto de nacionalização, o governo espanhol manteve diversas conversas com as autoridades bolivianas e uma delegação foi enviada a La Paz para promover uma negociação que permita à companhia petrolífera hispano-argentina Repsol-YPF resolver sua situação.

– Não consultamos e fizemos as gestões necessárias apenas com as autoridades bolivianas, também tentamos coordenar nossa posição com a da Argentina e do Brasil, países que também foram afetados – acrescentou.

Moratinos afirmou que a Repsol tem interesse em "manter o diálogo e a cooperação" com as autoridades bolivianas e o governo fará o possível para, "dentro do marco jurídico e negociador, chegar a uma solução satisfatória para todas as partes".

Além disso, Moratinos considerou que as críticas do PP sobre a falta de firmeza do Executivo espanhol em comparação com a atitude das autoridades brasileiras não é mais que "jogo da oposição", já que "no Parlamento brasileiro a oposição deu a Espanha como exemplo de atuação firme e criticou o governo do Brasil".

Moratinos lembrou que Evo Morales chegou ao poder com um amplo respaldo eleitoral, algo que a Espanha "tem que respeitar".

O ministro defende que a via diplomática e o processo de negociação que será desenvolvido nos próximos meses são os melhores instrumentos para chegar a um acordo.

O senador do PP José Seguim criticou o presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, por não ter reprimido Morales, "que faz justiça com as próprias mãos violentando os interesses legítimos de outros países".

AGÊNCIA EFE
 

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