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 | 08/05/2006 20h20min

Tarso diz que denúncias de Silvio Pereira não acrescentam nada

Ministro afirmou que entrevista do ex-secretário do PT não contradiz o governo

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Tarso Genro, afirmou que as informações do ex-secretário do PT Silvio Pereira dadas em entrevista não acrescentaram nada do ponto de vista político. Para o ministro, a entrevista mostra que o esquema citado por Silvio Pereira não contradiz o governo, mas indica que os planos de obter recursos não tiveram êxito.

– Para o governo, do ponto de visto político, não agregou nada. Pelo contrário. O que fica latente do depoimento de Silvinho, e de maneira muito expressiva, é que o esquema não conseguiu desconstituir as defesas do governo. Nada foi obtido daquilo que o presumido esquema tinha como intenção – disse Tarso.

Para Tarso, o ex-secretário do PT tem autonomia suficiente para decidir se deve ou não prestar depoimento à CPI dos Bingos, assim como decidiu dar a entrevista ao jornal O Globo.

– Nem torcemos para o Silvinho ir nem para o Silvinho não ir. Essa é uma questão pessoal dele e sequer é uma questão do partido – disse Tarso, lembrando que Silvio Pereira deixou o PT para não ser expulso.

Na entrevista, o ex-secretário geral do PT falou sobre o esquema de arrecadação ilegal de dinheiro para o partido. Silvinho afirmou que a fonte dos recursos que foram injetados no partido tem origem em um pool de empresas, empenhadas em ganhar contratos com o governo e também em garantir o destino de emendas de parlamentares.

Na entrevista, o ex-secretário também revela que o plano do empresário Marcos Valério com o PT era arrecadar o montante de R$ 1 bilhão, em quatro áreas, todas com pendências na atuação do governo: Banco Econômico, Banco Mercantil de Pernambuco e Opportunity, além de operações de passivos na área da agropecuária. Mas estas operações não teriam dado certo.

Tarso ainda disse que Silvinho é uma pessoa que está atormentada espiritualmente. Segundo o ministro, o ex-secretário ficou assim depois de ter sido descoberto com o presente que ele recebeu – um jipe da empresa GDK, que tinha contratos com a Petrobras. Na época, o petista disse que cometeu um erro e pediu desculpas à militância do partido.

AGÊNCIA BRASIL
 

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