A nacionalização da terra deverá ser o próximo passo do presidente boliviano Evo Morales. A medida deverá ser regulamentada por oito decretos e um projeto de lei, segundo o jornal Folha de S.Paulo. A confirmação do intento do governo da Bolívia foi feita pelo ministro de Desenvolvimento Rural, Agropecuário e Meio Ambiente, Hugo Salvatierra. O critério para a desapropriação será o descumprimenrto da função econômica e social. Mais uma vez, o Brasil deverá ser atingido pela decisão de Morales.

Apesar de a intenção já ter sido revelada durante a campanha, os brasileiros  que plantam milho, arroz, trigo e, sobretudo, soja demoraram a levá-la a sério. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, cerca de cem famílias brasileiras produzem 35% da soja boliviana. Os dados são da Associação de Produtores de Oleaginosas e Trigo.

Conforme a avaliação do governo, devem ser retomados de 11 a 14 milhões de hectares de terras, que serão distribuídos a camponeses sem-terra e comunidades indígenas. Salvatierra tentou acalmar os ânimos e disse que os decretos não terão medidas específicas contra propriedades de estrangeiros.