O Brasil tem potencial estimado em 880 bilhões de metros cúbicos de gás natural – volume que garantiria o abastecimento do mercado por 50 anos, segundo especialistas. A maior parte desse volume, no entanto, ainda não foi explorada devido à falta de investimentos.

Segundo o coordenador da área de gás natural do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), R. Fernandes, o gás brasileiro permanece no subsolo. Para outros especialistas, como o geólogo Márcio Mello, o gás nunca foi a prioridade do Brasil, que sempre investiu em petróleo.

Hoje são 300 bilhões de metros cúbicos comprovados no país, menos da metade das reservas da Bolívia. Analistas avaliam que o Brasil ainda seguirá dependendo do gás boliviano pelo menos até o final de 2020.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) estima para 2010 um déficit de 7,2 milhões de metros cúbicos por dia, contando com os 30 milhões contratados com a Bolívia, caso as termoelétricas precisem ser acionadas.

A ANP abriu processo de ampliação do Gasoduto Bolívia-Brasil para cobrir o rombo, mas, diante do cenário atual, a Petrobrás começa a avaliar alternativas, como a importação de gás natural liquefeito.

RÁDIO GAÚCHA