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 | 03/05/2006 14h56min

Argentina vai a Haia contra fábricas de celulose

País pedirá suspensão das construções no Uruguai

A Argentina apresentará amanhã à Corte Internacional de Justiça de Haia uma ação contra o Uruguai pela construção de duas fábricas de celulose no país, motivo de um conflito entre as duas nações que já dura mais de um ano.

Fontes da Chancelaria argentina confirmaram hoje que a apresentação será antecipada em um dia porque a próxima sexta, data para qual estava previsto o trâmite, é um dia festivo na Holanda.

A Argentina afirma em sua mensagem que a instalação da fábrica da espanhola Ence e da finlandesa Botnia viola o Estatuto do rio Uruguai, fronteira natural entre os dois países, e pedirá que a construção das instalações na localidade uruguaia de Frei Bento seja suspensa até que haja uma sentença do tribunal. A construção das instalações causou um longo conflito entre a Argentina e o Uruguai, que apóia a iniciativa e que representam um investimento de US$ 1,8 bilhão, o maior que o país já recebeu.

O Governo argentino e a população da província de Entre Ríos temem que as fábricas contaminem a bacia do rio Uruguai, o que é negado pelas autoridades uruguaias e as empresas envolvidas no projeto. A Argentina pediu, sem sucesso, a suspensão das obras por 90 dias para a realização de um estudo de impacto ambiental.

Os moradores de Gualeguaychú liberaram ontem a ponte que liga a localidade à Frei Bento, ponto que ficou bloqueado por 27 dias como protesto. Na próxima sexta, o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, e alguns governadores irão à cidade realizar um ato em defesa do meio ambiente.

No último domingo, cerca de 100 mil pessoas realizaram uma marcha na ponte para exigir que as fábricas de celulose não sejam construídas e confirmaram seu compromisso "com a defesa do meio ambiente".

Por outro lado, o presidente da comissão de relações exteriores da Câmara dos Deputados da Argentina, Jorge Argüello, confirmou hoje o pedido feito ao diretório do Banco Mundial para a não aprovação do crédito que financiaria a construção das duas fábricas de celulose.

AGÊNCIA EFE

 

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