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 | 07/04/2006 14h02min

Uruguai dá por encerradas negociações sobre fábricas de celulose

País informará Tribunal de Haia sobre conflito com Argentina

O Governo do Uruguai deu hoje por encerradas as negociações com a Argentina sobre a questão das fábricas de celulose, informou o chanceler uruguaio, Reinaldo Gargano. O Governo de Montevidéu convocará em caráter de urgência o Conselho do Mercosul para analisar a situação criada entre ambos os países.

– Por instrução direta do presidente, Tabaré Vázquez, foram suspensas as negociações que a Presidência uruguaia levava adiante com seu colega da Argentina – disse o chanceler em uma entrevista coletiva.

O Governo de Montevidéu convocará em caráter de urgência o Conselho do Mercosul para analisar a situação criada entre ambos os países. Além disso, enviará uma nota informativa ao Tribunal Internacional de Haia apresentando a retrospectiva do conflito e os prejuízos causados ao país, embora, por enquanto, não pedirá que o órgão medeie a disputa entre as usas nações.

A decisão foi tomada "devido à falta de resultados positivos nas negociações" e ao fato de "não ter havido uma resposta à última proposta uruguaia", acrescentou Gargarno.

O Uruguai enviou uma minuta de possível acordo ao Governo argentino depois que, na quarta, foi adiada pela segunda vez uma reunião dos presidentes de ambos os países. A resposta à proposta, que deveria ser dada em até 48 horas, "nunca chegou", por isso essa etapa foi dada "por concluída", apesar das "ingentes gestões" para o alcance de um acordo, acrescentou o ministro.

Gargano destacou que, por decisão da Presidência da República, o caso agora será diretamente tratado pelo Ministério das Relações Exteriores uruguaio, "que defenderá os direitos do país".

O confronto entre ambos os Governos, que está há vários meses sem solução, se deve à construção de fábricas de celulose pela empresa espanhola Ence e a finlandesa Botnia no departamento uruguaio de Rio Negro, a cerca de 320 quilômetros de Montevidéu.

As unidades, que estão localizadas nas margens do Rio Uruguai, em frente à província argentina de Entre Ríos, são criticadas pela Argentina devido ao risco de danos ao meio ambiente.

AGÊNCIA EFE

 

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