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 | 07/04/2006 10h43min

Oposição comemora vitória sobre governistas na CPI dos Correios

Parlamentares festejaram com chope e samba na madrugada

A gritaria que dominou a última sessão da CPI dos Correios, na quarta-feira, deu lugar, na madrugada de ontem, a uma desafinada cantoria acompanhada de batucada dos parlamentares que conseguiram aprovar o relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).

Os xingamentos ouvidos pelo presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), foram substituídos por declarações de amor. Até um sambinha foi improvisado na mesa do bar. Animados com a vitória sobre os governistas, os deputados Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), Onyx Lorenzoni (PFL) e Eduardo Paes (PSDB-RJ) improvisaram uma paródia do samba Trem das Onze, de Adoniram Barbosa, para brincar com os dissabores que Delcídio passou com os petistas durante a votação. 

– Não posso ficar nem mais um minuto... no PT. Sinto muito eleitor, mas não pode ser – cantarolava o trio, batendo na mesa com acompanhamento de assessores.

O grupo comemorou com chope a aprovação do relatório. Numa ponta da mesa, Serraglio tentava acompanhar sem muito entusiasmo a farra dos colegas, embora fosse só sorrisos. Já Delcídio, sério, não se conformava com a atitude dos petistas que o chamaram de traidor. Mal escondia a irritação com o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), que o xingou com palavrões ao final da sessão da CPI.

O mais animado era ACM Neto, que enaltecia os trabalhos da CPI dos Correios: 

– Um brinde à maior CPI da história do Brasil.

Paes, Onyx e ACM Neto estavam incansáveis e emendaram a cantoria com É Hoje, o samba enredo da União da Ilha, de 1982, que refletia o estado de espírito deles depois de meses de trabalho e luta política: 

– Diga espelho meu / Se há na avenida alguém mais feliz que eu.

Vítimas da fúria denuncista dos petistas no passado, tucanos e pefelistas diziam que o que o PT sofre agora ainda é pouco. Foi com esse espírito que o carioca Paes cantarolou os versos do funk da MC Beth: 

– Dói, um tapinha não dói. Um tapinha... Não dói. Só um tapinha!

Serraglio, que foi embora com Delcídio, se surpreendeu quando viu que já passava das 2h:

– Meu Deus, eu preciso ir para casa!

ZERO HORA

 

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